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Justiça inocenta os PMs acusados de jogar um suspeito do telhado e depois executá-lo

Suspeitos de roubar uma moto, Fernando Henrique da Silva e Paulo Henrique Porto de Oliveira foram perseguidos e executados por três polícias militares em setembro de 2015. Ministério público irá recorrer da decisão.

Imagem: Reprodução/TV Globo.

Um rapaz jogado do telhado por um policial. O caso, que aconteceu em São Paulo em setembro de 2015, se tornou público depois que um vídeo de celular mostrava o momento em que um PM, na captura de um assaltante, atirava o suspeito de um prédio. Fernando Henrique da Silva, de 23 anos, e o amigo Paulo Henrique Porto de Oliveira, de 18, foram perseguidos depois de serem encontrados com uma moto roubada.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP), feita com ajuda do vídeo gravado por moradores, o PM Samuel Paes teria jogado Fernando do prédio. No chão, ele foi executado pelos PMs Flávio Lapiana de Lima e Fabio Gambale da Silva.

Câmeras de segurança de uma rua no bairro do Butantã flagraram o momento que Paulo foi algemado no chão. Depois, os PMs soltaram as algemas e o levaram para atrás de um muro, onde foi executado. Segundo os registros, um dos policiais colocou uma arma na cena do crime para simular um confronto, como informa o Estado de S. Paulo.

Nesta terça-feira, a Justiça de São Paulo, porém, decidiu pela absorção dos três policiais militares. O júri entendeu que a ação dos PMs foi em legítima defesa. O julgamento durou dois dias no Fórum da Barra Funda. Até então, os três PMs estavam presos no Presídio Militar Romão Gomes desde o início das investigações. O MP não concordou com a decisão do júri e segundo o promotor Rogério Leão Zagallo, o órgão irá recorrer.

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