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Música

O Twitch Criou uma Biblioteca de Música e Ela É Linda

Dim Mak, Mad Decent, Spinnin' Records, OWSLA, Monstercat e a Fool's Gold assinaram liberaram, gratuitamente, 500 faixas de seus catálogos para o site.
TwitchPlaysPokemon foi um dos melhores momentos de 2014. Foto via Forbes/Twitch.

Não importa se você está transmitindo uma partida de Ocarina of Time ou fazendo uma vaquinha pra jogar Pokémon, o Twitch é, há um bom tempo, o lar desse mundaréu de gamers que ocupam o mundo. No último dia 15, o site anunciou que tem planos de conquistar a atenção de uma outra comunidade de eremitas que vive enfurnada no quarto: os músicos. Junto com outros vários canais do Twitch, o "Music" uniu uma quantidade de likes próximas as do DOTA, do Minecraft e do Halo. O subsidiário de São Francisco da Amazon também fez uma parceria com uma porrada de selos de dance music e companhias pra cair de vez na graça de sua audiência composta por DJs.

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A Dim Mak, a Mad Decent, a Spinnin' Records, a OWSLA, a Monstercat, e a Fool's Gold já assinaram contrato com a Biblioteca de Músicas do Twitch pra liberar inicialmente 500 faixas de seus catálogos para o site, tudo sem custo aos usuários. Faz tempo que os gamers têm lutado contra sistemas de reconhecimento de áudio embutidos nos jogos que automaticamente tiram músicas do ar durante o streaming, graças às violações de direitos autorais. Gravadoras como a Monstercat também revelaram uma iniciativa de licenciamento para que todo o seu catálogo de músicas seja liberado no Twitch por uma taxa mensal. A Biblioteca de Músicas do site finalmente põe um fim súbito, e benvindo, à era dos vídeos mudos.

O "Music" aparece junto com os outros canais. Foto via Twitch.

Mas por que isso é uma coisa boa? Agora, ao invés de fazer seus streamings pelo YouTube, você pode fazer isso ao vivo pelo Twitch. Ao invés de fazer seus fãs acompanharem sua produção pelo ustream, você pode fazer a transmissão via Twitch. Você pode trocar o site porquinho e pouco funcional que está passando um puta festival de música por um servidor confiável que sabe o que tá fazendo. E por aí vai. Por conta da grande afinidade que a comunidade musical nutre pelos jogos – particularmente dentro da dance music – esse passo que o Twitch deu é uma evolução natural da plataforma. Vira e mexe, Deadmau5, Porter Robinson e Steve Aoki lançam canais no Twitch pra jogar games na frente dos fãs (Deadmau5 principalmente). Em julho de 2014, por exemplo, o Aoki abriu uma fundação pra isso ao transmitir um set de um DJ ao vivo em Ibiza, fazendo deste o primeiro evento da dance music a usar o serviço do Twitch.

Ninguém sabe dizer direito se a expansão do Twitch no mundo da música vai dar certo. O site é, acima de tudo, mais um serviço que as pessoas vão ter que assinar. Conforme o mundo aprendeu durante o #gamergate, músicos que já estão de saco cheio das opiniões mal educadas dos comentaristas do YouTube não vão encontrar mais gentileza vinda da comunidade maldosa (mas muitas vezes engraçada) dos gamers. Independente do obstáculo, o valor desse serviço é inegável aqui, mas só o tempo vai dizer se valeu o esforço.

O Ziad Ramley está no Twitter: @ZiadRamley