Jé Santiago é a primeira aposta fora do funk da KondZilla Records

Na legenda do anúncio da contratação de Jé no Instagram, KondZilla dá boas-vindas a ele ao selo de "urban music" e se diz "muito feliz por também contribuir com hip hop/R&B do BR". No mês passado, em entrevista que realizei com o diretor, ele citou que acredita que o Brasil está num momento de evidência disso que ele chama de "urban music" — a música negra, periférica que nos EUA é representado pelo hip hop e R&B, e no Brasil pelo funk. É possível que, por integrar o R&B ao catálogo, Kond queira ampliar o conceito no país.

O diretor conheceu o som de Jé através de um amigo em comum. "Nas férias do final do ano ele postou uns stories ouvindo 'Netflix' e 'Garotas Amam Ludmilla', com isso vimos que podia haver um interesse em trabalhar com a gente", fala Nego E, cabeça da Artefato Produções. Depois de um mês estudando a proposta, Jé firmou a parceria na semana passada. "O KondZilla sempre se mostrou fã de outros gêneros além do funk, e ficamos felizes de essa expansão ter começo pelo Jé."

Além da realização de Jé, Nego acha que a contratação pode ser um incentivo para outros membros da Artefato. "Tanto como exemplo de que dá pra alcançar um lugar maior começando independente, quanto como vontade de trampar, por que vão ver um parceiro muito próximo trabalhando muito", fala.

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