13 momentos Muito Metal do metal que você tinha esquecido que são Muito Metal

FYI.

This story is over 5 years old.

Música

13 momentos Muito Metal do metal que você tinha esquecido que são Muito Metal

De "Dead Skin Mask" a "Sons of Northern Darkness", listamos momentos que você sabe no fundo do seu coração podre que são fodas.

Matéria originalmente publicada no Noisey US.

Headbangers gostam de visões amplas — primeiramente porque vastidão e lei cósmica são coisas épicas e fodas, e segundamente porque assim enquadramos em um sistema de lógica inegável as nossas confusas e decepcionantes vidas. Fazemos o mesmo com o metal, com seus padrões de truezera e se é foda ou não-foda. Mas assim como Hieronymus Bosch nos ensinou que o inferno é ocupado por milhões de pequenos atos de violência, o metal sempre nos prova que sua massa de carnificina sonora é composta de pequenos trecho animalescos.

Publicidade

Todo headbanger lembra dos grandes momentos de grandes canções — o grito do início de "Angel of Death", o bumbo de "Battery", a ponte de "Ace of Spades", mas por mais que estes sejam momentos que definem o metal pro mundo, não são estes trechos que mais importam pra quem realmente curte a parada. O que importa são aqueles momentos escondidos, muitas vezes esquecidos, que inspiram olhares de sabedoria e air bateras entre amigos temporários no mosh. São os trechos que fazem o ouvinte bater a cabeça em reverência ao poder daquele som e talvez em vergonha de ter esquecido o quão foda ele era.

Temos aqui uma lista de 13 grandes momentos no metal que talvez você tenha esquecido, mas que no fundo desse seu coração todo podre, você sabe que são demais. Incluímos também o minuto exato de cada trecho para que você os encontre com facilidade. Caso você não seja metal, eis uma boa forma de conhecer o gênero, caso contrário, você sabe do que eu estou falando.

1. A levada no final de "Dead Skin Mask" do Slayer (3m38s)

Todo mundo sabe que a faixa mais assustadora do Slayer trata do assassino e necrófilo Ed Gein, que inspirou Norman Bates, Leatherface e Buffalo Bill de O Silêncio dos Inocentes. Poucos prestam atenção em como a música retrata a progressão de Gein de um quase zumbi até o ponto em que se torna um assassino sexual. As batidas após cada linha deste verso mostram a intensidade esmagadora de Gein finalmente decidindo que será necessária carne quente e não fria, para pacificá-lo.

Publicidade

2. A quebrada no final de "Domination" do Pantera (3m43s)

Quebradas compassadas e pesadíssimas viraram lugar-comum no metalcore, mas quando Pantera lançou Cowboys from Hell em 1990, esta espécie de hipnose esmagadora era meio que novidade. O peso metálico da guitarra de Dimebag mostrou ao mundo o quão feia uma quebrada poderia ser e o solo agonizante que a acompanha mostra o quanto porradeiro se pode ser sem perder a dinâmica, o meio que é o lance do metal no final das contas.

3. A aceleradinha no final de "Paradise City" do Guns'N' Roses. (4m34s)

Quando você pensa em um show do G'N'R, não é comum pensar num bate-cabeça, mas "Paradise City", talvez um dos sons mais bregas da banda, encerra com um grito, uma batida e uma repetição do riff central da música com uma batida punk inesperada. Axl balbuciando o refrão sem mais nem menos só torna tudo muito mais frenético.

4. Os vocais agudos ao fundo de "Necromantical Screams" do Celtic Frost. (0m38s)

Aquele trecho que deixou todo mundo de cara feia. O black metal não existiria sem os grunhidos misantropos do Celtic Frost, mas são estas camadas atmosféricas que trazem à tona a mistura bizarra de imagens extremas com romance gótico encantador. Como um hino cantado ao funeral do sol.

5. A invocação de "Demon of the Fall" do Opeth (2m16s)

O Opeth não é a primeira banda a gritar o nome de uma faixa sem mais nem menos, mas a forma com como fazem isso em seu destruidor-ainda-que-deprê hino ao outono é uma indicação poderosa e diabólica do modus operandi da banda de adicionar toques folk ao mais brutal death metal.

Publicidade

6. A referência a Amor Sublime Amor em "Don't Tread On Me" do Metallica (0m05s)

"I like to be in America/OK by me in America…" Sim, "America" do musical Amor Sublime Amor é referenciado na abertura da ode às bermudas camufladas do Metallica. Então da próxima vez que algum brother tentar te julgar por curtir musicais, lembre que até o Metallica curte.

7. Aquele pulinho no riff inicial de "Sons of Northern Darkness" do Immortal (0m17s)

Sons of Northern Darkness de 2002 é o disco definitivo do Immortal, pegajoso e bruto sem se preocupar com o purismo black metal de seus primeiros discos. E é aqui que a banda não só mostra que sabe compor como também lembra ao ouvinte que o black metal, como qualquer outro gênero dentro do metal, tem que ser divertido.

8. O efeito na voz de Dio ao falar do inferno em "Don't Talk To Strangers" (0m46s)

Na maior parte do tempo, Ronnie James Dio é bem direto com suas vocalizações sobre dragões, pedras e pedras de dragões, mas neste bizarro momento, Dio usa um efeito para fazer sua voz soar como um espírito do mal entrando brevemente em nosso reino por meio de alguma fenda ectoplásmica no ar logo atrás de você.

Brega até o talo, mas muito massa (como tudo que o Dio já fez, na real).

9. O harmônico no riff principal de "Praise The Lord (Opium of the Masses)" do Dying Fetus (0m15s)

Nada diz "Estou suando todas essas cervejas" quanto um harmônico no de um caos death metal e nunca um vocal de porco foi tão suíno quanto na segunda parte do riff central desta música do Dying Fetus. As bandas de slam death metal tentam até hoje imitar isso aqui.

Publicidade

10. O sample de Uma Filha para o Diabo em "Super Charger Heaven" do White Zombie.

No meio da paulada desértica que é "Super Charger Heaven", o ouvinte é surpreendido por uma missa em latim acompanhada por notas cavalgadas, encerrando com uma voz dizendo"It is not heresy… and I will not recant!", sample do filme Uma Filha para o Diabo, a voz em questão vindo de ninguém menos que Christopher Lee. Ninguém manda tão bem em samples no metal quanto Rob Zombie e ninguém jamais o superará.

11. O início de "The Subtle Arts of Murder and Persuasion" do Lamb of God.

Por mais que o Lamb of God seja conhecido por soar um tanto quanto Panteroso, seus discos sempre mostram um uso interessante de leads de guitarras e ritmos tortos. O início de "Subtle Arts…", faixa de seu disco de estreia de 2000 New American Gospel conta com um solo neurótico que dá passagem para o que só pode ser descrito como um tango break. Agora resta a você passar o resto do dia torcendo para que uns dançarinos latinos requebrem ao som do Lamb of God.

12. Alice Cooper, "Feed My Frankenstein": LUNCH TIME. (3m42s)

"Feed My Frankenstein" é uma das grandes músicas de Alice Cooper, especialmente por conta de sua participação em Quanto Mais Idiota Melhor. Mas por mais que aquele início seja foda, o que vale mesmo é o último refrão da música, com alguém imitando Screamin' Jay Hawkins bem pra caralho e resumindo em um único momento todo o charme de Alice Cooper.

13. O refrão final de "Hatchet To The Head" do Cannibal Corpse.

Hat-chet. To the. Head. Hatchet to the head. Hatchet to the head. Hatchet to the head. Hatchet to the head. Chop it off.

Siga Chris Krovatin e toda sua blasfêmia no Twitter.