As 1001 noites de Salvador nas fotos de Matheus Thierry
Foto: Matheus Thierry

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As 1001 noites de Salvador nas fotos de Matheus Thierry

Aos 20 anos, o fotógrafo apavora nos registros da vida noturna da cidade mais negra do mundo fora da África.

É nas noites quentes e abafadas dos inferninhos e clubes de Salvador, na Bahia, que o fotógrafo Matheus Thierry cumpre sua função: registrar jovens se divertindo. Do twerk ao cigarrinho na boca, seus fotografados transpiram tesão e calor, posam em cima da moto dos outros, fazem caras, bocas, vão até o chão. Hormônios. Coisas da noite.

O ofício é recente. Matheus tem 20 anos e há três carrega suas câmeras no pescoço. A primeira delas ganhou de presente do namorado da mãe. Desde o dia em que clicou uma festa meio sem querer, nunca mais parou. "A fotografia foi uma paixão muito rápida", comenta. E, assim, a noite virou sua maior aliada.

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Foto: Matheus Thierry

"Passei a gostar de fotografar festas pelo lado documental. A adrenalina de pegar um momento espontâneo interessante, fotografar cenas e pessoas que eu não vejo de dia na rua…", define o fotógrafo, integrante do coletivo Deu Zebraa, especializado em cobrir o rolê noturno alheio, como a Batekoo ou eventos que acontecem na Casa da Luz Vermelha.

"As festas que eu fotografo geralmente fogem da cultura heteronormativa, branca e elitista que ainda é muito predominante na noite da cidade."

Salvador é um paraíso, claro. Já falamos isso. A cidade mais negra do mundo fora da África transpira negritude e Matheus capta isso com um olhar único. Às vezes também analógico. Trata-se de um cara muito novo fotografando pessoas igualmente novas. Nos anos 90, Harmony Korine fez isso em Kids e estarreceu geral. Com direção de Larry Clark, o então jovem roteirista de 22 anos levou às telas do mundo todo o que, na vida de parte dos adolescentes norte-americanos e do resto do planeta, era normal: sexo, relacionamentos cagados, festas e drogas. E repetiu a dose em Gummo, outro filmaço.

Foto: Matheus Thierry

Apesar de cursar artes na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Matheus nunca estudou fotografia propriamente — o que não o impede de passar horas e horas lendo e pesquisando sobre o assunto. "Eu gosto muito de fazer o que eu faço", frisa.

Nós também gostamos muito de ver o que você faz, Matheus. Então, continua mandando umas fotos loucas de Salvador que a gente segue daqui só pagando um pau.

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Abaixo, mais registros de hormônios soteropolitanos.

Foto: Matheus Thierry

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