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Áustria rejeita a extrema-direita

O candidato anti-imigração Norbert Hofer foi derrotado no pleito que aconteceu neste domingo (4).

Norbert Hhofer antes de ser derrotado nas eleições do último domingo (4). Foto: Associated Press

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE NEWS.

O candidato presidencial austríaco de extrema-direita Norbert Hofer esperava surfar a onda de populismo e anti-establishment que varre o Ocidente para vencer a eleição presidencial na Áustria.

Mas na tarde de domingo (4), o candidato anti-Islã e anti-imigração do Partido da Liberdade teve que conceder a vitória ao candidato independente Alexander Van der Bellen, o presidente agora eleito de esquerda da Áustria, que defende tolerância e moderação. Van del Bellen venceu com 53,5% dos votos contra 46,4% de Hofer — uma margem maior que a prevista por pesquisas de boca de urna, segundo a Reuters.

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"Estou infinitamente triste que não tenha dado certo", Hofer escreveu em sua página no Facebook.

Se tivesse vencido, Hofer seria o primeiro candidato de extrema-direita a vencer uma eleição livre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Van der Bellen alertou em sua campanha que Hofer, sabidamente cético quanto ao Euro, poderia tentar seguir o exemplo da Inglaterra e retirar o país da União Europeia.

Todos os olhos estavam sob a Áustria nessa eleição, uma repetição da eleição de maio quando Van der Bellen venceu por menos de um ponto percentual. O Parido da Liberdade de Hofer reivindicou irregularidades na votação. Mas aquela eleição foi antes do Brexit e antes de Donald Trump ser eleito nos EUA — resultados vistos como vitórias do populismo.

França e Holanda enfrentam correntes similares em suas próximas eleições. A líder de extrema-direita da Frente Nacional Marine Le Pen na França e o político anti-imigração Geert Wilders na Holanda tuitaram seu apoio a Hofer.

Cédulas de eleitores ausentes serão contadas nesta segunda-feira (5), mas as autoridades não esperam que esses votos adicionais mudem o resultado da eleição, segundo informou a NBC News.

Tradução: Marina Schnoor.

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