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Partidos de esquerda chamam ataque à caravana do PT de fascismo

Lula, Guilherme Boulos e Manuela d'Ávila planejam reação conjunta. Ministro da Segurança Pública diz que PF não investigará o crime.
Imagem via Twitter.

Além do próprio Partido dos Trabalhadores (PT), partidos de esquerda chamaram de fascismo os dois tiros que alvejaram o ônibus que acompanha as viagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última terça (27), entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, Paraná. Nenhum dos militantes e jornalistas da imprensa internacional que estavam no veículo ficou ferido.

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, declarou ter pedido às autoridades paraenses que a caravana fosse acompanhada pela polícia, mas não obteve retorno. Para a senadora, a ação foi uma “emboscada”. Guilherme Boulos, candidato do PSOL prestou repúdio ao ataque e pediu por unidade democrática contra o fascismo. Manuela d'Ávila, do PCdoB, considerou o episódio uma "escalada fascista" e a "destruição do Brasil e da democracia".

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Na tarde de hoje, o PT organiza o ato de encerramento da caravana na Praça Santos Andrade em Curitiba, às 17h.

O ministro da Segurança Pública Raul Jungmann definiu a ação como “inaceitável”. Ele afirmou que a Polícia Federal não cuidará do caso porque a investigação do crime cabe às autoridades estaduais. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que a Delegacia da Polícia Civil de Laranjeiras do Sul que esteve no local para periciar o ônibus. Constatado que o disparo foi feito com arma de fogo, um inquérito policial será instaurado para apurar os fatos.

Não é a primeira vez que a comitiva de Lula sofre ataques violentos na região Sul. Ovos, pedras, paus e chicotes já foram jogados contra os seguidores do ex-presidente. Quatro mulheres foram agredidas em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 23 de março. Uma militante foi hospitalizada com ferimentos de chutes e socos.

No fim de semana, quebraram o vidro do motorista do ônibus em Chapecó (SC) e o ex-deputado Paulo Frateschi também foi atingido na orelha por uma pedrada em meio a uma caminhada com Lula.

Repercussão entre os presidenciáveis da direita

Candidatos presidenciáveis repercutiram o caso de violência contra a comissão que segue o ex-presidente país afora. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse que “o PT colhe o que planta” e o prefeito da capital João Dória (PSDB) comentou que o partido "sempre utilizou da violência, agora sofreu da própria violência".

Jair Bolsonaro (PSL) publicou no Twitter que tão ou mais grave que a corrupção institucionalizada pelo PT é a questão ideológica; e que o partido se vitimiza e culpa terceiros pelos seus crimes.

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