Por dentro da Marcha das Mulheres em Washington DC

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Por dentro da Marcha das Mulheres em Washington DC

Durante a posse de Donald Trump, mulheres tomaram as ruas da capital dos EUA com a mensagem “Isto que é democracia!” 673 marchas foram registradas pelo mundo.

Nossos ônibus da Congregação Beth Simchat Torah (a maior sinagoga LGBTQ do mundo) viajaram pela neblina de Nova York até DC. No ônibus, as pessoas compartilhavam histórias de marchas anteriores e ações por justiça social, e as mais diversas razões de por que estávamos fazendo essa viagem para a Marcha das Mulheres em Washington. Aí chegamos ao quartel-general da Federação Norte-Americana dos Professores, e logo mergulhamos num mar de pessoas atravessando a névoa. A rota da manifestação transbordou para as ruas ao redor. O Washington Mall, originalmente além dos limites da passeata, ficou lotado.

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Cartazes improvisados estavam por todo lado. Criativos, mordazes e engraçados — pessoas de todas as origens queriam que a urgência de suas preocupações fossem ouvidas e vistas. As toucas de gatinho estavam em todo lugar; os grupos eram identificáveis pelas cores da lã, as texturas e os padrões do tricô. Se você não conseguisse chegar até a área dos alto-falantes, não importava — uma energia incrível podia ser sentida em tudo. Gritos e vaias ecoavam pelas multidões.

Notei um pequeno grupo no canto de uma área de grama longe da multidão. Eram os "Motoqueiros por Trump", cerca de vinte deles, em volta de um músico tocando covers num palquinho. Em algum momento, os homens começaram a gritar "USA! USA!" em resposta ao grito de guerra das manifestantes de "Isso que é democracia!"

Subindo a Pennsylvania Avenue, os gritos da macha ficavam mais altos e raivosos enquanto passávamos pelo Trump International Hotel, cercado de seguranças. Mais à frente, notei três garotos usando bonés do Trump; os fotografei e desejei um bom dia a eles. Eu podia ter fotografado o dia inteiro, a multidão parecia infinita, mas era hora de pegar meu ônibus. Todo mundo estava energizado pelos nossos esforços em Washington na viagem de volta, e pelas notícias das milhões de pessoas participaram das 673 marchas irmãs pelo mundo. É um bom começo.

Veja mais fotos da Meryl Meisler abaixo.

Meryl Meisler mora e trabalha em Nova York. Acompanhe o trabalho dela aqui .

Tradução: Marina Schnoor

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