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161 dias sem ela: MP-RJ muda comando das investigações e STF quer PF no caso Marielle

Órgãos de inteligência e combate ao crime organizado estarão envolvidos nas investigações do crime. Ministros do Superior Tribunal Federal sugerem que Polícia Federal assuma o caso.
Imagem: Reprodução / VICE Brasil

Na noite de terça-feira (21), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) anunciou que uma nova equipe irá trabalhar nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos em 14 de março de 2018.

A nova promotora de Justiça Letícia Emili Alqueres Petriz assumirá o comando da 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal do Rio (PIP), a partir do dia 1º de setembro. A promotora solicitou que o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) trabalhem em conjunto com a Polícia Civil e Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro.

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Assista ao nosso vídeo sobre o assassinato de Marielle Franco:


Segundo o procurador-geral do MP-RJ Eduardo Gussem, as investigações seguem com as suspeitas de um crime político e participação de milicianos. "O GAECO tem um conhecimento muito grande nas questões que envolvem as milícias", disse à Rede EBC.

STF de olho no caso Marielle

A demora para descobrir os principais culpados na execução da parlamentar e do motorista está preocupando os ministros do Superior Tribunal Federal (STF). Com informações do jornal Folha de S.Paulo, a procuradora-geral da República Raquel Dodge foi alertada pelos ministros para solicitar que a Polícia Federal coopere na investigação.

Em março deste ano, Dodge apontou a possibilidade de transferência do comando das investigações do âmbito estadual ao federal. Para que isso aconteça, a Procuradoria Geral da República (PGR) precisa comprovar que há falhas ou omissões na apuração do crime, como informa a revista Veja.

Vale lembrar que o ministro da Segurança Pública Raul Jungmann colocou à PF a disposição das autoridades do Rio de Janeiro, em 12 de agosto. Entretanto, o ministro declarou que a corporação está fora do caso, uma vez que os órgãos de Segurança do Rio negaram a ajuda.

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