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Boletim Matutino da VICE - 19/6/2019

Tudo o que você precisa saber sobre o mundo esta manhã com curadoria da VICE.
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Tânia Rego / Agência Brasil

Brasil

Novas mensagens mostram que Moro agiu para blindar FHC na Lava Jato

Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol publicado na noite desta terça-feira (18) pelo The Intercept revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem a respeito de suspeitas contra o tucano. Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. – The Intercpt

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Senado derruba decretos de Bolsonaro que flexibilizam porte de armas

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (18), por 47 votos a 28, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que pede a suspensão dos decretos do presidente Jair Bolsonaro que facilitaram o porte de armas. Com a decisão, o texto seguirá para análise da Câmara dos Deputados. As regras previstas nos decretos continuarão valendo até que a Câmara vote o tema e, eventualmente, aprove a suspensão dos decretos. O direito ao porte é a autorização para transportar a arma fora de casa. É diferente da posse, que só permite manter a arma dentro de casa. – G1

Paulo Preto deu R$ 740 mil a grupo ligado ao PCC por obra no Rodoanel, diz MP

Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, estatal paulista de construção de rodovias, ordenou o pagamento de pelo menos R$ 740 mil em dinheiro da empresa a integrantes de grupo ligado à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em 2009. É o que aponta investigação iniciada no MP-SP (Ministério Público de São Paulo) em 2016 e nunca inteiramente concluída (leia mais abaixo). Paulo Preto, como é conhecido o ex-diretor, é apontado como operador de propinas do PSDB durante o governo José Serra (PSDB-SP) em São Paulo (2007-2010). O advogado de Paulo Vieira de Souza, Alessandro Silvério, não quis comentar o assunto com a reportagem. – UOL

Presidente dos Correios ignora demissão e diz que só sai após ordem oficial

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Virtualmente demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta (14), num café da manhã com jornalistas, o presidente dos Correios, general da reserva Juarez Aparecido de Paula Cunha, foi trabalhar normalmente na segunda, e, em vez de limpar as gavetas, avisou para um auditório lotado que não sai até a formalização da demissão "Só vou sair daqui a hora que chegar oficialmente. Aí eu saio, senão, não saio, não", afirmou o general. Terminou a palestra aplaudido e vestindo boné de carteiro. O evento, fechado à imprensa, mas ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, foi justamente sobre o tema que causou a ira do presidente e sua decisão de demitir o general: a privatização da estatal. – UOL

SP registra 1 crime motivado por homofobia a cada 6 dias

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo registrou um crime motivado por homofobia ou transfobia no estado a cada seis dias. Dados da Polícia Civil, obtidos com exclusividade pela Rede Globo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), indica que, entre janeiro e abril, 21 vítimas procuraram ou foram encaminhadas à unidade especializada. Os boletins de ocorrência registrados ao longo do primeiro quadrimestre de 2019 representam um aumento de 24% na comparação com os 17 registros de delitos decorrentes desse tipo de intolerância pela Decradi em 2018. No mesmo período de 2017, houve 16 casos contabilizados por essa delegacia. – G1

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Prefeito de Florianópolis nega envolvimento em esquema investigado pela PF

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (sem partido, ex-filiado ao MDB), afastado das funções de chefe do Executivo municipal por determinação da Justiça Federal, negou qualquer relação em fazer parte de um grupo criminoso que violava o sigilo de operações policiais em Santa Catarina investigado na Operação "Chabu". "Injusta porque eu não sabia de nenhum dos fatos relacionados a operação", disse sobre o mandado de prisão temporária de que foi alvo na terça-feira (18). O político ficou menos de 24 horas preso e foi liberado depois de prestar depoimento. – G1

Mundo

Quatro pessoas vão ser julgadas por ataque a avião da Malaysia Airlines

Quatro pessoas deverão ser indiciadas por derrubar um avião comercial com 298 passageiros da Malaysia Airlines que sobrevoava a Ucrânia em 2014. Uma força tarefa comandada por holandeses atua judicialmente no caso. julgamento começará em março de 2020, segundo famílias das vítimas, que receberam explicações dos promotores. "Um julgamento começará em 9 de março de 2020 contra quatro pessoas acusadas de assassinato", afirmou à imprensa Silene Fredriksz, que perdeu um filho e sua nora na tragédia, pouco depois de um encontro das famílias das vítimas com as autoridades holandesas sobre a investigação. – G1