Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #125

Não precisa ter pressa, ninguém vai se aposentar mesmo.
matheus santa cruz
Ilustração de Matheus Santa Cruz

Fala turma.

Mais uma vez não saiu a coluna que eu gostaria, mas foi a que deu pra fazer com o que teve hoje. Está difícil esse mês de julho. Não bastasse o frio está fraquíssimo de discos. Aí realmente peço um bocadinho de paciência de vocês leitores, até porque não precisa ter pressa, já que ninguém vai se aposentar mesmo. Vamo levando do jeito que dá e é isso. Dias melhores virão.

Aí de TOP DA SEMANA eu deixo como indicação o programa de rádio Respondendo Em Voz Alta, gravado ao vivo pela DJ & Apresentadora Laurinha Lero para a Rádio Quatro, e publicado como podcast nos streamings aí que tem (tem muito streaming aí nesse mundo). É programa educativo porém divertido (aprenda brincando).

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Valeu? Valeu.

Agora os lançamentos:

----POTENCIAL TOP DA SEMANA MAS QUE HOJE MESMO NÃO BATEU TANTO ASSIM NÃO----

Blood Orange - Angel’s Pulse

Mixtape boa de tar ouvindo. A quantidade de #feats proporcionou uma boa variedade dentro do subgênero baladinha-hoje-eu-tô-romântico. Ouvindo hoje, a metade final da mix me interessou menos, mas aí depois pretendo ouvir de novo pra confirmar se não gostei mesmo, ou se só não tava muito afim de ouvir várias lentinhas agora. A confirmar. De todo modo é bom sim.

----OUTROS LANÇAMENTOS QUE TEVE QUE TÃO BONS TAMBÉM----

Bon Iver - “Faith”

Então, assim, veja bem, sinceramente… meio bobilda. Bem construída e tudo, vocais bonitíssimos, vários instrumentos, vários efeitinhos muito do bem feitinhos, aí o resultado assim, veja bem, sinceramente, minha opinião e tal, é um alt-folk que é bonitinho, mas é bem bobildo também. Principalmente quando engata lá no meião da música, ali que explode em mim a sensação de “ixi, num rolou não”. Talvez quem sabe dentro do disco a sensação melhore, agora fica como uma música bonitinha, porém meio besta. Mas vou deixar nas parte das boas, pois ao menos é bonitinha.

Sofi Tukker - “Swing”

Assim como nos longínquos anos 70, que o Mister Sam fez a Gretchen cantar um monte de palavra em francês que no final num significava nada, mas ficava muito legal de ouvir, os gringo aí lançaram um EDM com umas palavras em português que juntas não querem dizer nada, e mesmo assim ficou sonoramente legal pelo sotaque da gringa aí. Mas pop-EDM bem senso comum, não vai esperando algo muito além disso. Uma puta bobagem, mas confesso que meio que gostei.

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Karina Buhr - “A Casa Caiu”

Gostei do tamborzão, gostei do vocal, gostei da música, e é isso. Exala a vibe “maracatu na entrada do DCE”, mas tudo bem também. Boa.

Stereo Total - Ah! Quel Cinéma!

Curto a ondinha indie eletrônico com vibezinha de yéyés dos anos 60 do Stereo Total. Aí então são mais 40 minutos da mesma coisa de sempre vindo da banda. Pra quem já manja, é isso aí. Pra quem não manja indico manjar. É um bom disquinho.

----AS MAIS OU MENOS DA SEMANA----

Banks - III

O disco começa com uma faixa muito muito boa (“Till Now”), que me fez ter a impressão errada que tava vindo coisa boa aí. Porém o que veio adiante foi o mais senso comum possível dentro do pop eletrônico. Infelizmente da faixa 2 até o final é um imenso blocão de som mediano, que com muito esforço do ouvinte ainda dá pra aproveitar umas 3 ou 4 pra alguma playlist aí. Mas “Till Now” é boa.

Big K.R.I.T. - K.R.I.T. Iz Here

Mais um caso de disco que começa lá em cima, bem pra cima, tão pra cima que a descida da ladeira ao longo do álbum fica mais perceptível. Tem seus bons momentos, como em “K.R.I.T. Here” ou “Make It Easy”, com um samples legais, uma melodia boa de tar ouvindo, enfim coisas que espero ouvir já que nem sei o que que eles tão falando. A grande parte do disco não é ruim, mas também não desperta nada, fica naquele mediocridade (bota aí o Regis Tadeu explicando o significado de “medíocre”) que você só vai levando, mas nem tá prestando muita atenção no que tá ouvindo. Esquemão lounge total. É bonzinho, mas nada muito além disso.