Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #57

E ae galerinha.

Coluna de lançamentos da semana chegando novamente com: lançamentos da semana. A última coluna causou certa #comoção nas redes sociais frente a uma suposta má vontade minha com as músicas que saíram. Mas tem que ver que aqui a gente preza pela sinceridade para com o leitor (você). Queria muito chegar com a animação de locutor de FM "BOM DIA GALERA HOJE VOCÊ VAI OUVIR SÓ AS ME-LHO-RES SEM INTERVALO COMERCIAL UHUU SEXTA FEIRA DECRETO DO ALÊ".

Mas é mentira. Porque o que teve mesmo esse mês foi uma pá de musiquinha que sinceramente sei lá, viu. Mas de qualquer forma é melhor ter essas aí do que não ter música nenhuma. Prezo pela renovação sempre.

De importante mesmo essa semana temos a inclusão das músicas do Caxabaxa no Spotify. Graças a Deus tem o Caxabaxa agora. OUÇA.

Já nas novidades tem essas novidades daqui de baixo. Ouça também. Alguma coisa vai acabar agradando seu ouvidinho treinado.

De minha parte dou por encerrado o expediente de 2017. Semana que vem vamo fazer aquela papagaiada de Retrospectiva Melhores do Ano, que é bom também porque vai que teve alguma coisa que você perdeu. Depois não ouvirei nada por algumas semanas, que é pra dar aquela LIMPADA no organismo.

Você é show.

PLAYLIST DA SEMANA

Bonde do Tigrão - “Malhadinha”
Bonde do Tigrão não contente em partir pro pagode baiano, no caso ainda mirou no pagode baiano do início dos anos 2000. O que vem a ser uma agradável surpresa, já que pagode baiano quanto mais melhor. Som do carnaval (um dos 88 bilhões de som do carnaval que tem). Boa.

Jerry Smith & Japa Forró Ideal - “Rabança”
Jerry Smith com um arrocha total arrocha, 100% arrocha, sem o menor resquício de funk. Sou totalmente favorável a debandada do Jerry Smith do funk. Fica na lista das boas como prova do apoio.

H ZETTRIO - “What’s Next”
Pra quem manja (já indiquei o trio anteriormente na coluna), o single novo não tem nenhuma "novidade". É o jazzão japonês deles lá, com piano moendão e bateria-baixo gingadinho. Eu gosto bem.

Manu Chao - “Palabras de verdad”
Dubzinho pá na moralzinha. Nada de novo, mas pelo menos é um dubzinho.

Sufjan Stevens - “Tonya Harding”
Se eu fosse fazer um levantamento, acho que uns 25% de perfis que sigo no twitter é de sites americanos de esportes. E sei lá por que começaram a falar da Tonya Harding (exímia patinadora que porém rolou umas merda aí que realmente…) há algum tempinho. Daqui a pouco vai ter uma pá de documentário e série do Netflix igual aconteceu com o OJ Simpson. Enfim, não duvido nada que uma hora simplesmente o Sufjan Stevens ficou com vontade de fazer uma música sobre, escreveu a letra numa tarde, compôs a melodia no dia seguinte, gravou no outro dia. Pá pá pá, rápido assim. Saiu bonito.

[Nota do Editor: Nos EUA, entrou em cartaz nesta sexta (8) o biopic sobre o Tanya Harding, cujo trailer você vê no player abaixo. O Sufjan disse no blog dele essa semana que ele até mandou a faixa pros produtores do filme, mas não souberam como usar a parada então acabou não entrando na edição final.]

Solange Almeida - “Reduzi Meu Coração e Coloquei no Bumbum”
Forró-EDM-meio-reggaeton-também-mas-só-um-pouquinho. Porque meu Deus do céu tá todo mundo querer fazer EDMzinho nesse país? Não precisa, não é necessário, vamos passar por isso por favor. De qualquer forma o forró ainda é o gênero dominante nessa música, logo é uma música boa.

Tune-Yards - “ABC 123”
É boazinha. Não é nenhuma maravilha, mas frente a despencada de qualidade das últimas semanas esse disco-punk manjado aí acaba se destacando na multidão. Pra hoje tá bom.

Sophie - “Ponyboy”
Mas nem a Sophie tá salvando hoje, viu. É interessante porque é um gravão bem diferente até. Pode rolar nas pistas mais descolex da sua cidade. Mas boa BOA mesmo, eu não achei não.

Eminem - “Untouchable”
Eminem, o Pensador, falando uma pá de coisa aí. Fala várias coisas. De fundo umas base ok, nada grandes coisas, melhora um pouco na metade final quando deixa de ser essa base rockzinho anos 2000. É boazinha, mas há um esforço (meu) pra considerar boazinha.

Linn da Quebrada, As Bahias e a Cozinha Mineira - “Absolutas”
Música bem curtinha, porém bem produzida também. A batida & melodia tão bem boas. Mas curtinha. Enfim, boa música.

Nando Reis - “4 de Março”
É uma música do Nando Reis bem parecida com as outras músicas do Nando Reis. Aquele pop rock nacional fazendo cosplay de folk americano. Faz sucesso. É ok até.

Cícero - Cícero & Albatroz
Som indie aí, várias lentinha no violão, meio Los Hermanos, meio Nação Zumbi lentinho, meio Radiohead brasileiro, meio um monte de coisa. As últimas músicas foram as que eu gostei mais (“A Rua Mais Deserta”, “A Grande Onda”, e tals). Disco bom pra quem for de indie.

Daddy Yankee & Natti Natasha - “Otra Cosa”
Reggaeton aí, mas pelo menos é um reggaeton feito pela galera do reggaeton mesmo. Cê ouvindo percebe a diferença frente ao pessoal mais novato de reggaeton, é outra coisa. Boazinha.

Charli XCX - “Out Of My Head”
Pop EDM bem padrãozão de rádio pop EDM. Boazinha até, mas espero mais da Charli XCX. Espero que ano que vem role melhor.

Ângelo Paes Leme - “Valsa do Perdão”
É bom o MPBzinho do ator da Globo aí (ou da Record, não sei mais). Lentinha com a sanfoninha acompanhando. Sanfoninha triste. Bonitinha a música, parabéns.

Buffalo Tom - “All Be Gone”
É o mesmo mesmo MESMO esquema dos anos 90. O mesmo. Aí vai de você se isso é bom ou ruim, eu nunca me interessei muito não mas tarei considerando como #boazinha.

Luan Santana - “Check-In”
EDM do Luan Santana que, se me permite tar dizendo, achei bem equivocado a existência. Mas parece que os jovens tão curtindo esse pop EDM que tá tendo aí né. Prefiro o Luan no sertanejão mesmo, essa não rolou legal.

Camila Cabello - “Never Be The Same”
É um pop aí que olha… não incomoda não, mas também não agrada. É um pop que tá aí, e é isso. Num tem muito cara de que vai fazer sucessão nas rádios pop. Bem médio.

Danny Ocean - “Dembow”
EDM latininho meio dispensável. É até meio diferentinha (pro padrão EDM latininho) mas ainda assim não rolou lá grandes coisas pra mim não.

Reis do Nada - “Mulheres Peladas”
Batidinha black de MPB FM que não é lá das mais interessantes, com um refrão que não é lá dos mais interessantes. Aí tem uns rap também. A soma disso tudo é a música aí.

Claudia Leitte - “Lacradora”
Deu o esperado. Reggaeton padrãozão e uso desnecessário de gírias de jovens. A participação da Maiara & Maraisa não faz a menor diferença pra música, talvez pro clipe seja necessário (não verei). Não é ruim, mas é bem mediano.

The Gift - Altar
Outro que eu torci muito pra que fosse daora, só que aí ouvi e infelizmente não é daora não. “Clinic Hope” continua sendo uma boa música, porém agora acompanhada de vários indie rock bem qualquer coisa. Tem lá seus momentinhos, como “Big Fish” ou, com muito esforço, “Vitral”. O resto é meio babinha.

Abraham Mateo - “Háblame Bajito”
Baladinha pop latino com uma participação do 50 Cent que não faz o menor sentido essa participação, mas enfim tá lá essa participação. Música bem okzinha.

Pollo - “Ela Vem”
É um trap. Pff, traps, enfim. O povo curte então quem que sou eu pra falar qualquer coisa, é os cara lá e eu aqui e ficamo todo mundo bem. Mas poderiam pelo menos alguém (qualquer um desses mais de jovem) num meter mais essa de ‘é muito difícil chegar aqui onde eu cheguei *skrrt skrrt*’. Segura a emoção aí jovem. Pra mim é similar ao Oeste de Itápolis chegar todo marrento “PRA TAR AQUI A GENTE LUTOU MUITO, TAR NO TOPO É FODA RAPÁ”

E tipo…. Com certeza há centenas e centenas de clubes no Brasil que jamais conseguirão chegar na 6ª colocação da Série B. Mas né… calma aí jovens. É 6º da série B ainda.

Meu comentário acerca jovens do rap de hoje é esse.

Sidney Magal - “Um Brinde à Vida”
Venho com imensa tristeza afirmar que essa música é absurdamente ruim. Mas bem (BEM) ruim. Rapaz do céu. EDM latino com FEAT. do Rincón Sapiência que num precisava não e uma voz bem cansada do Magal. Não foi uma boa experiência ouvir isso não.

Supla - “Cresça e Aconteça”
Roquinho bobildo que só. No som e no resto.