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comportamento

Os piores roomates que uma pessoa pode ter

Agora que morar sozinho virou luxo quase impossível, é cada vez maior a taxa de gente dividindo casa com quem se masturba na cama alheia.

Ilustrações por Alex Jenkins.

Morar sozinho é um luxo que cada vez menos pessoas experimentam na faixa dos 20 e 30 anos. Com maior custo de vida e os salários estagnados, o número de millennials que dividem o apartamento não para de crescer, segundo dados publicados ano passado pelo Pew Research Center. Mais jovens estão voltando a morar com os pais, tentando arranjos estilo quartel ou fingindo que uma caixa de madeira no apartamento deoutra pessoa é uma situação de moradia aceitável.

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O resto tem que se contentar em dividir apartamento ou casa com mais alguém. Quer você escolha morar com um melhor amigo de infância ou um estranho que achou pelo Facebook, é sempre uma questão de sorte se a pessoa vai ou não fazer da sua vida um inferno até o final do contrato de aluguel.

Pedimos que nossos amigos falassem sobre os piores colegas de casa que já tiveram. Essas histórias de horror de espaço compartilhado vão muito além do ritual de passagem de todo calouro da faculdade: fingir que dorme enquanto a outra pessoa se masturba, por exemplo, que tal?

E se você acha que era o roommate pentelho da casa, podemos dizer com certeza que alguém mijou no seu xampu como vingancinha.

BATEU PUNHETA NA MINHA CAMA VÁRIAS VEZES

Eu dividia apartamento em Boston com outro cara. Um dia cheguei em casa e fui direto pro meu quarto. Quando eu ia pegar na maçaneta, a porta se abriu sozinha. Na minha frente estava meu colega de apartamento usando um short fino e todo suado.

Ele começou a falar rápido que o laptop dele tinha quebrado e que precisava ler seu e-mail. "Tudo bem", eu disse, enquanto ele saía.

Mais tarde naquela noite, vi que o Safari tinha sido aberto (um navegador que nunca uso porque não sou noob) e fui olhar o histórico da internet. E lá estavam um monte de vídeos do CreamPie.com ou algo assim. Como sou tipo uma Veronica Mars, achei um aplicativo que transformava a webcam numa câmera de segurança. O app detectava movimento e começava a tirar fotos quando alguém ficava na frente da tela.

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Na noite seguinte, dormi na casa de outro amigo e não voltei pra casa até o dia seguinte. Chegando lá, fui verificar a pasta no meu computador para onde iam as fotos do detector de movimento e… BUM. A pasta estava lotada de fotos do cara descabelando o palhaço. Com o meu computador. Na minha cama.

Eu não sabia o que fazer com essa informação logo de cara, então não disse nada até o mês seguinte, quando ele arranjou briga comigo por alguma idiotice. A discussão acabou ficando séria e eu finalmente disse: "PELO MENOS NÃO BATI PUNHETA COM O SEU COMPUTADOR, NA SUA CAMA!"

Ele meio que congelou, depois disse que eu era louco e estava "inventando", então eu disse: "Cara, tenho fotos suas fazendo isso". Nunca vi ninguém calar a boca tão rápido. – Stephen, 29 anos

COLOCOU FOGO NO NOSSO APARTAMENTO

Eu morava em Nova York num apartamento de quatro quartos. Era sempre uma grande festa e uma das minhas colegas de apê era uma baixinha maconheira. Uma noite, ela deixou uma vela acesa numa cadeia no quarto dela e saiu; algumas horas depois, recebi uma ligação do vizinho dizendo que havia vários caminhões de bombeiro na frente do nosso prédio. Fui para casa e meu apartamento estava pegando fogo.

O quarto dela acabou sendo o único realmente queimado, mas o apartamento inteiro foi destruído pela água das mangueiras. O senhorio não atendeu o telefone quando tentamos ligar para ele porque ele era hassídico e era sábado.

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O pior é que ela nunca admitiu que tinha feito isso. Os bombeiros tiveram que me contar o que tinha acontecido. – Carol, 30 anos

TOMARAM PARTIDO DO CARA QUE ME ASSEDIAVA

Fiz intercâmbio em Roatán, no Honduras, e um dos garotos do nosso grupo sempre me assediava sexualmente. Ele até me empurrou numa piscina numa noite em que eu usava vestido branco. Não sobrou muita coisa para a imaginação e me senti humilhada. Ele era um jogador de beisebol que tinha atacado outros estudantes verbalmente e me ameaçou quando o confrontei. Pedi a um professor que o fizesse ser responsabilizado por suas ações. Eles basicamente me chamaram de fofoqueira. Fiquei furiosa.

Uma das minhas colegas de quarto tinha um paixonite pelo otário. Diziam que eu estava pedindo pelo assédio, apesar de eu mal ter falado com o cara. Elas diziam que ele estava querendo aparecer porque eu o ignorava. Elas discutiram meu suposto papel na situação num jantar na frente da classe inteira, bem onde meu professor podia ouvir. Pedi licença do jantar e voltei direto pro nosso bangalô, aí mijei no xampu delas por piorar uma experiência humilhante e perpetuar a cultura do estupro, em vez de apoiar uma colega mulher. – Christy, 28 anos

CAGOU NO NOSSO QUARTO INTEIRO

Morei com uma colega aleatória no primeiro ano da faculdade. Não éramos grandes amigas, mas ela era legal e, nos primeiros meses, a situação era bastante civil.

Numa noite de quinta-feira, bebemos um pouco no dormitório juntas e depois fomos para festas diferentes. Quando voltei para o nosso quarto naquela noite, a porta estava destrancada, todas as luzes estava acesas, a TV estava no volume máximo e minha colega de quarto estava desmaiada de cara na cama dela. Usava só uma camiseta e com vômito preto espalhado no travesseiro. Ela estava sem calcinha, com o que só podia ser fezes escorridas pela parte de trás das pernas até os pés. Tinha ainda mais merda no carpete e na lata de lixo. (Pelo menos ela tentou limpar?) Lentamente fechei a porta, pensando: "Não estou preparada para lidar com isso".

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Fui buscar o assistente do meu andar, que chamou a ambulância. Minha colega acordou e passou o resto da noite no hospital. Eu, por outro lado, tentei limpar meu quarto com a ajuda de duas amigas muito corajosas. Por volta das quatro da manhã, enquanto ainda estávamos com ânsia por causa do cheiro de excremento humano, um cara num macacão de proteção apareceu com produtos de limpeza industriais, me pediu as chaves do quarto e disse que era melhor eu passar a noite fora. Dormi no chão do quarto de uma amiga no final do corredor. Acordei no outro dia e fui fazer prova final do semestre e, quando voltei para o quarto, o lugar parecia novo. Ao tentar se desculpar, minha colega deixou um saquinho de M&Ms na minha cama e um bilhete dizendo: "Obrigada por ser a melhor roommate de todas!" Eu não estava com muita vontade de comer chocolate depois do que tinha acontecido. – Lauren, 24 anos

TOCAVA BON JOVI TODO DIA DE MANHÃ

Meu colega de quarto do primeiro ano da faculdade acordava todo dia – até nos domingos – às 5 da manhã, e tocava Van Halen e Bon Jovi enquanto estudava para as provas com um mês de antecedência. – Paul, 29 anos

ROUBOU MINHAS ROUPAS E TRANSOU NA MINHA CAMA

Na faculdade, mudei para uma casa com meus cinco melhores amigos. Logo começamos a nos comportar como típicos moleques de 19 anos sem supervisão – socando buracos nas paredes, desenhando um mural do LeBron James montado num elefante com canetinha na parede da sala, e assim por diante.

Um dia voltei para o nosso apartamento por volta das 9 da manhã para pegar um caderno que tinha esquecido. Quando abri a porta do meu quarto, encontrei o lugar completamente revirado, uma metade de pizza derrubada no meu tapete e meu colega de apartamento e a namorada pelados na minha cama. O quarto dele era no final do corredor. Comecei a trancar minha porta depois disso. – Chris, 24 anos

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COZINHOU KETAMINA NA MINHA FRIGIDEIRA

Eu tinha um colega de apê que usava minha frigideira para cozinhar ketamina. Só tinha uma panela na casa e, toda vez que eu queria usar, a frigideira estava no quarto dele ou na cozinha, cheia de drogas. Depois de um tempo, outro colega comprou uma panela que o cozinheiro de ketamina ficou proibido de usar, e eu deixei a frigideira para ele preparar as drogas que quisesse. – Mario, 27 anos

Alguns nomes foram mudados para evitar a vingança dos roommates.

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Tradução: Marina Schnoor