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Um asteroide enorme quase bateu na Terra no domingo

Uhhhhhhhh, quase.
Imagem via Shutterstock.

Eram 13h do domingo (no horário de Brasília), quando astrônomos do Steward Observatory Catalina Station, no Arizona, notaram um asteroide vindo na direção da Terra a 106.497 km/h. Chamado 2018 GE3, o corpo celeste tinha cerca de 110 metros de diâmetro, o mesmo comprimento de um campo de futebol padrão FIFA. Cientistas rapidamente calcularam que ele deveria passar por nós no dia seguinte, mas por pouco. E, na verdade, o 2018 GE3 acabaria sendo o maior asteroide conhecido a passar tão perto da Terra, e essa foi a primeira visita dessa rocha desde 1930.

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No dia seguinte o asteroide passou rasgando por nós, mas sem incidentes, tirando uma fina de 192.317 km da nossa atmosfera superior. E claro, parece uma boa margem de erro, mas lembre-se que o espaço é infinito e a lua está a apenas 400 mil quilômetros de distância.

Mas o que teria acontecido se a pedrona tivesse atingido a gente? Bom, brincando de especulação comparativa, o meteorito que explodiu sobre uma remota floresta russa em 1908, conhecido como Evento Tunguska, deveria ter entre 60 e 190 metros de diâmetro. Ele não matou ninguém, mas só porque a área era basicamente despovoada. Mas varreu cerca de 200 quilômetros de uma floresta de pinheiros.

Outro meteorito que se desintegrou sobre a Rússia, você deve lembrar – o meteoro Chelyabinsk de 2013 – tinha só 20 metros de diâmetro. E segundo a imprensa estatal, a rocha mandou cerca de 1.500 pessoas para o hospital depois que a onda de choque fez chover estilhaços das janelas sobre os moradores.

Próxima pergunta: por que diabos ninguém viu o 2018 GE2 chegando antes?

Segundo o Livescience, a questão é que asteroides são escuros e pequenos, enquanto o céu é grande pacas. Como eles apontaram, a variedade mais comum de asteroide é composta de rochas que não refletem a luz, o que dificulta notá-los. Os telescópios precisam estar apontados para o caminho certo na hora certa para vê-los, o que exige dezenas de telescópios operando simultaneamente para monitorar o céu inteiro.

A NASA, na verdade, comanda um programa de detecção de asteroides, apropriadamente chamado de Defesa Planetária. Como o site deles explica, eles estão “garantindo a detecção antecipada de objetos perigosos como asteroides e cometas”, enquanto também “lideram a coordenação do planejamento de resposta do governo dos EUA para ameaça de impacto”.

O observatório que detectou o 2018 GE3 notificou na NASA, mas foi determinado que ele não era uma ameaça. E como você já deve saber, porque está lendo isto, eles estavam certos. Ufa.

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