As manifestações, embora legítimas, não podem desinformar e alimentar em pais e alunos falsos temores. Também não podem sobrepor o direito dos estudantes paulistas por uma educação de mais qualidade. São Paulo tem atuado para a entrega de escolas melhores, com ambientes mais preparados para cada faixa etária e com profissionais capacitados para atender às necessidades destes estudantes. Manter os alunos da mesma idade juntos é prática comum de alguns dos melhores colégios do País e de países referência em educação. As informações, ainda não oficiais, propagadas por um sindicato com claras pretensões políticas, tentam mais uma vez inviabilizar melhores condições aos alunos e também aos profissionais da rede estadual. A Secretaria lamenta e garante que permanecerá atuando por meio do diálogo com os educadores e compromisso com o ensino.
Foto:Rodrigo Zaim/R.U.A Fotocoletivo
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O Terceiro Ato dos Estudantes Tomou a República no Centro de São Paulo
Na terça-feira (20) bonecos infláveis do governador Geraldo Alckmin e do secretário de educação Voorwald flutuavam acima dos manifestantes protestando contra a reestruturação da rede de ensino público.
Na terça-feira (20) bonecos infláveis do governador Geraldo Alckmin e do secretário de educação Voorwald flutuavam tranquilamente na Praça da República acima dos manifestantes que tomaram às ruas do centro da cidade para protestar contra a reestruturação da rede de ensino público que o governo paulista pretende implantar a partir do início de 2016.
A medida pretende fazer uma nova distribuição de alunos de escolas públicas em outras unidades que serão reservadas para cada ciclo de educação (Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio) a partir de 2016. A previsão é que mais de um 1 milhão de alunos terão de mudar de escolas para se adaptar à reestruturação. A medida não foi aceita por muitos pais de alunos e pelo Sindicato de Professores que alegam que a medida coloca em risco o emprego de professores e afetar a rotina de funcionários das escolas e também dos próprios alunos.
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Os ânimos já estavam tensos por conta da manifestação anterior, na semana passada, que começou no Largo da Batata e terminou no Palácio dos Bandeirantes com pedradas, carros destruídos e gás lacrimogêneo.Ontem, porém, o ato aconteceu sem maiores problemas e acabou de maneira pacífica na Praça da Sé por volta das 18h.
Segundo a Apeosp, 10 mil pessoas compareceram ao ato na frente da Secretaria da Educação. Procurada, a Polícia Militar de São Paulo disse que não irá divulgar o número de manifestantes que compareceram no ato de terça.A Secretaria da Educação emitiu uma nota oficial dizendo que "as manifestações, embora legítimas, não podem desinformar e alimentar em pais e alunos falsos temores. Também não podem sobrepor o direito dos estudantes paulistas por uma educação de mais qualidade". E que o sindicato não pode propagar "informações não-oficiais" que visam "inviabilizar melhores condições aos alunos e também aos profissionais da rede estadual".Leia a nota da Secretaria enviada à VICE:
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O Rodrigo Zaim e o Jardiel Carvalho, fotógrafos do R.U.A Fotocoletivo, acompanharam o protesto de ontem com muita molecada estudante, professores, black blocs e calor, muito calor. Veja mais fotos abaixo.