Até a tarde desta sexta (29), alunos das ETECs (Escola Técnica Estadual) de São Paulo continuavam ocupando o Centro Paula Souza, na região central da capital. Eles reivindicam que as unidades passem a oferecer merenda, bandejão e vale-refeição aos alunos e contestam os cortes nos repasses à educação. Pela manhã, a diretora superintendente, Laura Laganá, esteve no local. Ela informou que caso o prédio não seja desocupado, o pagamento de salário dos professores poderá atrasar.
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Somente os seguranças terceirizados receberam autorização dos estudantes para adentrar o local, ocupado desde a tarde da última quinta (28). Funcionários e imprensa não passam do portão principal. "Sabemos que o contrato dos terceirizados é muito precário. E não queremos que eles se prejudiquem por faltar no emprego", informou uma das ocupantes à VICE.
FOME E FRIO
Sem cozinha no lugar para preparar refeições, os estudantes se contentam, há 24 horas, com alimentos secos, como biscoitos, bolachas, pães, manteiga e frios.Assim como nas ocupações dos secundaristas no ano passado, os jovens se organizaram em comissões: há turmas que cuidam da limpeza, da segurança, da comida e também da comunicação com os jornalistas.
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NEGOCIAÇÃO COM A DIRETORA
Para eles, que justificam ter organizado diversos atos e outras mobilizações pedindo merenda, a ocupação é a melhor maneira para que suas pautas e reinvindicações sejam atendidas.Sob ameaça do atraso no salário dos professores, cuja folha de pagamento e administrada pelo Centro Paula Souza, a estudante reforça que o movimento da ocupação é "político". "Não estamos querendo prejudicar ninguém, muito pelo contrário. Não somos nós que estamos os impedindo de receber. Sabemos que é o Estado que está fazendo isso com eles", pontuou.