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Música

Com integrantes d’O Cúmplice e Meant to Suffer, o Basalt invoca o puro peso megalítico

Ouça primeiro aqui à faixa “Aurora”, do vindouro álbum de estreia do grupo paulistano, ‘O Coração Escuro da Terra’.

Foto: Leandro Furini

Há pouco mais de uma década o metal underground nacional parecia estanque numa onda entre o moshcore e o powerviolence. Nos últimos tempos, porém, temos observado que as melhores ideias andam surgindo de bandas mais alinhadas ao doom, o sludge, o crust, o grind e o pós-metal/hardcore. Na prática, isso significa que a galera está mais criativa e experimental, derrubando clichês e reinventando o som pesado. Exemplo cristalino disso pode ser conferido na nova investida de um pessoal conhecido da cena de São Paulo, o Basalt. Denso como o interior das rochas e pesado como os mais antigos símbolos megalíticos, o grupo conta com integrantes e ex-integrantes do Constrito, O Cúmplice, Surra, Magzilla e Meant to Suffer.

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Pegue os melhores ingredientes dos conjuntos citados acima, esprema seu substrato, e você terá uma ideia do lancinante caos imbutido no primeiro álbum do quinteto, O Coração Escuro da Terra. O repertório conta com sete músicas em pouco mais de 30 minutos de som, e o lançamento está previsto para o final deste ano. Mas os estimados leitores do Noisey já podem matar um pouco da curiosidade com o streaming de “Aurora”, que fala sobre a obscura essência humana despida de suas máscaras sociais. “A ideia é soltar mais um ou dois sons até o lançamento”, informa o guitarrista e ilustre colaborador da casa Luiz Mazetto. “Ainda não fechamos exatamente quais selos vão lançar, mas já tem um pessoal interessado e vai sair em CD primeiro e, se tudo der certo, em vinil depois”.

A quem interessar possa, vale dizer que não foi para montar o Basalt que o Mazetto saiu do Meant to Suffer. Mesmo porque rolou um intervalo de uns seis meses entre a saída dele do MTS e o início dos ensaios com o Basalt, no ano passado. “O lance é que eu sempre quis montar uma banda com o Marcelo [Fonseca, vocalista], e já estava falando com o Pedro [Alves, guitarrista] há algum tempo sobre tocarmos juntos também”, explica ele. “Aí foi questão de juntar todo mundo, incluindo o Victor [Miranda, baterista] e o Flávio [Scaglioni, baixista], para um ensaio, e já saímos de cara com dois sons prontos”. Depois desse primeiro ensaio, a química rolou tão bem que eles se ligaram que este não seria apenas um projeto paralelo, mas algo para se investir com afinco.

O Basalt está no Facebook e no SoundCloud

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