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Música

Jonathan Davis avalia os 11 discos do Korn

ARRRRRREEEEEE YOOOOOOOU REAAAAAAADAAAAAY???

Em Julgando Meus Discos, nós conversamos com integrantes de bandas que acumularam discografias substanciais no decorrer dos anos, e pedimos que os classifiquem em ordem de gosto pessoal.

Com 22 anos de existência e 11 discos lançados, o Korn deixou de ser cinco garotos em Bakersfield [cidade no sul da Califórnia, nos Estados Unidos] tropeçando em meio a uma das sonoridades mais influentes de todos os tempos e veio a se estabelecer como uma força da natureza no mundo da música. Cada disco da banda mostra um lado diferente do que está entrincheirado nos confins de suas mentes. Ross Robinson gritando com Jonathan Davis para que soltasse os urros claustrofóbicos e assustadores ao final de “Daddy”, até o dubstep quebrado e avassalador de anos depois, com a ajuda de Skrillex. O Korn deixou de ser uma banda para ser um dos elementos mais polarizadores na música. Conversamos com Jonathan Davis sobre as dores e delícias dessas duas décadas em que a banda segue ativa.

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11. TAKE A LOOK IN THE MIRROR (2003)

Noisey: Vamos falar desse aqui. Lembro de Head comentar que era provavelmente o pior disco do Korn.
Jonathan Davis: Compusemos boa parte deste álbum quando estávamos em turnê na Europa. Foi o primeiro que produzimos e gravamos na minha casa. Head estava bem fodido na época, e estávamos reagindo ao Untouchables, [trabalho] em que fizemos algo cru ou diferente, mas que não deu certo pra mim. Ainda penso que seja um bom disco, que tem coisas boas e escuto de vez em quando, mas com certeza é o que menos gosto.

Teve algum ponto alto nessa época?
Foi divertidíssimo produzi-lo por conta própria. Nos divertimos fazendo isso lá em casa com Frank Filipetti e nos divertimos fazendo o álbum, o processo todo foi divertido. Mas não estávamos pensando direito na época. Não consigo me identificar com esse disco.

10. KORN III: REMEMBER WHO YOU ARE (2010)

Lembro que este foi meio que rotulado como seu disco “de volta às origens”, ainda mais com o retorno de Ross Robinson. Como foi a gravação?

Korn III foi dureza. Foi difícil, foi aí que chamamos Ross de volta, e ele me torturou. Adoro o cara, mas é assim que ele funciona. Foi um disco muito estranho de se fazer e muito doloroso, em que ele fez um monte de coisa escrota. Gravamos em fita e jogamos no Pro Tools, mas só editamos a gravação. Foi uma volta ao estilo das antigas, sem nenhuma restrição. Mas acho que foi tudo muito forçado e Ross nos obrigou a fazer coisas já mais velhos, não fazia sentido tentar recapturar algo de 94 em 2009. Não deu tão certo, por mais que tenha tudo saído certinho e o disco tenha sido ótimo.

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Imagino que deva ter sido terrível retornar a temas que você lidava quando era dez anos mais novo.
Sim, eu tinha superado aquilo tudo e aprendido a lidar com meus problemas e minha música, mas Ross levou tudo a um patamar com o qual não me sentia à vontade. Mas o disco saiu bom. As pessoas entenderam e curtiram ele.

9. UNTITLED (2007)

Lembro que este veio depois de See You On The Other Side que contou com a equipe de produtores pop The Matrix, que ia trabalhar nesse também e caiu fora no meio de tudo.

Foi bem esquisito o trabalho nesse disco. Fizemos com o The Matrix de novo, e Atticus Ross estava lá. David Lester também, e Terry Bozzio e até mesmo eu — estávamos todos gravando a bateria. É um disco todo espalhado, acho incrível e ainda o escuto, provavelmente nosso álbum mais “artistão”, mas acho que temos discos bem melhores.

É, o Korn ficando meio atmosférico foi esquisito e bacana de se ouvir.
A gente tava viajando. [Risos] Foi nosso disco mega experimental. Ainda o amo, não me entenda mal.

8. LIFE IS PEACHY (1996)

Não vou mentir, acho que muita gente pensa que este é o disco do Korn, então é de surpreender vê-lo aqui.
É um puta disco. Adoro ele e ele é foda, mas foi tudo muito apressado. Fizemos nosso primeiro álbum e então uma turnê de 18 meses, tendo que correr e fazer este disco e já cair na estrada de novo, logo, foi tudo muito apressado. Há músicas excelentes aqui, “A.D.I.D.A.S” está aí, “Wicked” era bem boa e foi o segundo disco com Ross, o que foi legal. Mas sim, tudo muito na correria, muito cru, ainda que um baita disco. Morri de medo quando ele saiu, por conta da maldição do segundo álbum, mas foi foda.

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Parecia haver muita pressão para vocês capitalizarem em cima do primeiro álbum. Quais foram os efeitos dessa pressão naquela época?
Com certeza. Não tínhamos tanto tempo e foi uma loucura, corremos contra o relógio. Lembro de sentir alguma pressão, mas eu vivia tão doido que nem consigo pensar nisso direito. Nessa época eu bebia. [Risos]

7. SEE YOU ON THE OTHER SIDE (2005)

Sei que a música não veio diretamente do disco, mas lembro de estar num bailinho na oitava série e fiz com que o DJ tocasse seu cover de “Word Up”, e foi meio que o maior feito da época colocar Korn pra tocar ali.
Que foda! [Risos] Demais isso aí.

Mesmo assim, parecia que com este disco, houve uma mudança proposital de forma a tornar o material mais acessível do que nos anteriores. O que vocês estavam pensando quando fizeram isso?
Estávamos querendo fazer algo diferente, sempre quisemos experimentar, então decidimos trabalhar com uma equipe de compositores. Vamos contratar uns compositores pop, que merda pode dar? Eles não vão mudar o som, mas podem trazer elementos diferentes nos quais não pensaríamos. Daí trabalhamos com o pessoal do The Matrix nesse álbum e saíram umas paradas bem massa. Foi logo quando Head saiu, então já estávamos meio surtados e criamos de forma diferente pro disco. Munky entrou no estúdio e só compôs riffs durante algumas semanas. Scott pegava os riffs e os encaixava nas músicas e as gravava, então trabalhávamos em cima das melodias com Lauren e era uma forma bem diferente de se gravar um disco porque queríamos continuar experimentando e fazendo coisas novas. Parece que deu certo, e sim, saiu meio pop, mas não acho que erramos aí. Ouvimos um monte de merda, mas somos artistas e vamos fazer o que queremos fazer.

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6. THE PARADIGM SHIFT (2013)

Este é o disco mais recente e Head está de volta, e junto dele tem alguns dos elementos de dubstep de The Path of Totality. Como foi retomar essa relação em um disco e compor estas músicas?
Foi demais, bicho. Eu não estive lá durante a fase de composição com ele, porque estava meio que vivendo um inferno ao me livrar de benzodiazepínicos e mais um monte de merda, tentando colocar a cabeça no lugar. Eu tomava aquela parada há muito tempo e você fica fodido quando larga a medicação. Ela mexe no seu cérebro, altera ele e depois volta pra outro jeito diferente. Então eu estava bem louco, mas bem feliz de ter Head de volta, tentando dar um jeito na minha vida. Não era como se eu fosse um viciado, mas um médico já me receitava aquilo há tanto tempo que era hora de parar. Se você toma remédios por muito tempo, vai ter que tomar pro resto da vida. E eu queria fazer o disco com alguns elementos de The Path of Totality, indo um pouco além. É, de verdade, um dos meus favoritos.

É, mesmo “Hater” que saiu depois tinha muita energia e o público adorou.

Isso, essa faixa saiu no relançamento, quando voltamos de tour e a escrevemos, gravamos e lançamos. Penso que “Hater” foi a “Faget” de 2014. No primeiro disco do Korn, chamavam todo mundo de bicha e viado, não existia a palavra “hater”. Eram só uns valentões e tal. Então algo nesse sentido criou a mesma identificação que rolou com “Faget”, mas pro agora. Foi algo que tocou tantas vidas, em que muita gente fica aguentando esse tipo de merda. Foi a primeira vez que compus algo positivo e empoderador pro Korn.

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Você quer compor material mais positivo? Digo, muito do Korn vem de traumas ou dor, é difícil continuar trabalhando assim?
Somos humanos, sempre tem merda acontecendo, é assim que é. Uso minha música pra lidar com isso. Geralmente o que me inspira é alguma merda horrível que rolou. [Risos]. O rebosteio nunca acaba, nunca vai embora.

5. ISSUES (1999)

Isso meio que se relaciona com este disco porque parecia como uma reação ao que rolou em Follow the Leader. Vocês eram uma banda enorme na época, e esse disco tinha muita raiva, deixando de lado muito do hip-hop de Follow The Leader pra trás.
Rolava um pouco ainda, mas eu e a equipe trabalhamos com outro produtor, Brendan O’Brien, e tínhamos acabado de sair do Follow The Leader, que nos colocou tocando em estádios. Lembro de dar duro em cima desse, era um disco conceitual porque foi meu primeiro álbum sóbrio depois de Follow The Leader. Na época, eu tinha ataques de pânico terríveis e sofria com ansiedade. Fiz deste disco um álbum conceitual sobre enlouquecer com toda a ansiedade e tal. Daí criamos um monte de interlúdios com Brendan e deixamos tudo bem doido, é um dos meus favoritos.

Eu diria que é o meu favorito, cada faixa tão concisa e pensada, mesmo as que não viraram singles como “Trash” são tão bonitas e pesadas.
Era aí que residia a beleza do disco. Brendan falava algo como “Você não precisa desse trecho” e mantinha tudo simples, sem pensar muito sobre nada. Acabou que deu certo e as pessoas caíram de cabeça no disco porque as faixas eram simples. Era isso que eu adorava no Brendan, ele só dizia “Ok, tá bom, bicho, mas precisamos seguir em frente! Qual a próxima parte?”, ele fez do disco simples e tocante, ao mesmo tempo.

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4. FOLLOW THE LEADER (1998)

Ok, com esse aqui vocês viraram tipo a maior banda do mundo. Levaram até um Grammy. Como era ser o Korn em 98?
Foi doideira, mano. Fazer aquele disco, pra começo de conversa, quase me matou. Nosso orçamento de bebida era… Tipo, gastamos uns US$ 60.000 dólares em álcool nesse álbum. [Risos] O último em que eu enchi a cara e tudo, foi foda. De primeira compomos “Freak on a Leash” e “Got the Life” e tudo mais onde ensaiávamos, em Gardenia ou sei lá onde. Fizemos tudo nós mesmos, e tinha um monte de produtor chegando e tentando empurrar merda pra gente, acabamos ficando com Steve Thompson. Escolhemos o cara porque ele fez mesmo o dever de casa e chegou no estúdio com umas caixas de Coors Light. E como ele fez isso, conseguiu o trampo. [Risos] Eventualmente entramos em estúdio com Steve e ele é demais, mas não deu lá muito certo. Então chamamos Toby Wright, que ficou até o fim. Foi também o primeiro álbum sem Ross. Digo, esse disco não seria feito sem Ross. Ele curte aquele lance gutural emocionado. Eu também, e valorizo isso, mas era hora de fazer algo diferente. Compensou, cara. Deu certo.

Qual foi sua reação na época que colocarem vocês no nu-metal junto de bandas como Limp Bizkit? Vocês acreditavam fazer parte de algo ou era bizarro estar ali?
É, esse lance do nu-metal. Foi engraçado como bolaram isso aí, porque quando surgimos ninguém nem sabia o que fazer com a gente. Queria achar o jornalista que criou o termo. Quando aparecemos, tocamos com todo mundo desde o No Doubt, Pennywise, Cadillac Trance, Sick of It All, KMFDM, tudo que é banda. Então alguém inventou isso de “nu-metal” e a galera caiu matando. Eu não entendia, nunca nem achei que a gente era metal. Sim, éramos pesados e de afinação baixa, mas metal, pra mim, é Judas Priest e Iron Maiden, metal é isso, cara. Sempre pensei que éramos algo mais funk, aquele groove funkeado. Quando inventaram essa porra de nu-metal, eu meio que sempre lutei contra isso. Daí apareceu o Limp Bizkit e levamos ele em turnê com a gente, os caras estouraram e surgiram todas aquelas bandas e tínhamos aí uma cena bem boa e que se solidificou com a turnê Family Values.

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Mais uma sobre o disco: como foi gravar “All In The Family,” que é bem louca?
É o som mais burro que o Korn já fez! [Risos] É isso que drogas e bebida fazem com um desgraçado! [Risos]

3. THE PATH OF TOTALITY (2011)

Fico curioso, qual foi a primeira faixa de dubstep que você ouviu e como foi isso?

Provavelmente alguma coisa do Excision.

Animal. Ouvir “Shambala 2008” e o que ele faz agora é incrível. Achei que meu quarto viraria do avesso quando ouvi esse som pela primeira vez.
Total. O cara criou sozinho seu próprio gênero dentro do dubstep. Quando estive em Londres, o negócio era mais dub mesmo, mais reggae, completamente diferente. Aí esse cara fez disso metal. Quando ouvi pela primeira vez, rolou um estalo, como juntar essas duas coisas? Porque era um dos lances mais pesados que já ouvi na vida. Daí mostrei pro Munky e disse “Vamos misturar isso aí com o que a gente faz, ver o que rola”. A primeira pessoa pra quem liguei foi Sonny Moore, Skrillex, e perguntei se ele animava fazer algo. Inicialmente seria um EP, e ele tinha acabado de lançar Scary Monsters and Nice Sprites, e era pesadaço aquilo ali. Lembro dele da época do From First to Last, ele me entrevistou pra Revolver quando me citou como seu vocalista favorito e eu pensei “Por que diabos alguém me escolheria a essa altura?” e aí liguei pro cara e ele chegou, fizemos uns sons, e eu disse: “Temos que fazer isso com mais produtores”, daí ele me apresentou o pessoal do Kill The Noise, Excision, Datsink, Downlink, Noisia. Daí fomos falar com o John do Feed Me, o chamavam de Spore com aquele lance drum and bass das antigas. E foi massa porque era aquilo que eu curtia antigamente. Eu discotecava uns hip-hops, mas eu curtia mais um lance eletrônico. Queríamos experimentar e juntar os dois mundos. Não sabíamos se rolaria ou não, mas entramos em estúdio pra fazer algo novo e segue como um dos meus discos favoritos até hoje.

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Pode crer, com a vinda de The Paradig Shift depois, parecia mesmo que isso deu uma vida nova à banda.
Com certeza. Porque o rock já estava cansado, precisávamos de algo novo pra dar uma variada. Queríamos ser líderes, não seguidores. Sempre nos arriscamos e experimentamos e fizemos coisas bacanas. Muitas bandas têm medo de fazer isso.

2. UNTOUCHABLES (2002)

Conte-me como foi com esse aqui. Sei que ele foi bem caro.
Vínhamos do Issues e queríamos fazer um disco incrível. Foi aí que nos juntamos com Michael Beinhorn, e sua ideia era fazer um disco de rock com sonoridade incrível que nunca mais poderia ser feito novamente. Untouchables nos custou quatro milhões de dólares, fizemos coisas que nunca mais poderiam ser feitas. E eu queria fazer um documentário sobre ele. Gastamos muito dinheiro, só com a bateria passamos um mês captando sons. Eram 50 microfones só na bateria. Foram necessários dois anos, quatro milhões e foi a primeira gravação feita a 96k, então teve coisa inédita aí no meio. Tivemos que arrumar alguém que criasse relógios para cronometrar as taxas de amostragem. Foi loucura. Normalmente gravo as vozes em um mês ou duas semanas, mas dessa vez foram cinco, quase seis meses. Com Beinhorn, tinha vezes que chegava lá pra cantar e ele dizia “Vá pra casa, sua voz não está boa”. Foi ridículo tudo o que fizemos. Não tenho como explicar o quanto foi loucura ou ciência ali. Até hoje, quando ponho pra tocar em um som bom, esse é o disco mais pesadão que o Korn já fez. Foi o auge de tudo. Ainda não acredito o tanto de trabalho que deu. E foi muito! [Risos]

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1. KORN (1994)

O começo do legado.
O disco que mudou tudo. No rock, na época, não rolava nada de novo ou diferente, e parecia tudo estagnado. Aí vem esses caras de Bakersfield com esse som pula-pula, e eu gritando pra cacete, megaemocionado e com um monte de coisa estranha. Esse disco foi bem sinistrão, não sabia o quanto até o tocarmos 20 anos depois. Mudou tudo, cara, e não digo isso porque eu estava na banda, mas comecei a ver a molecada com roupa larga e o pessoal do metal de Adidas. Foi loucura, não fazíamos ideia que estouraria e eu estaria aqui 20 anos depois falando dessa porra toda.

Não sei por que me ligo tanto nisso, mas parece um disco que só poderia ser feito por moleques de Bakersfield. Tipo, vocês ficavam a uma hora de Los Angeles e rola aquela influência do hardcore e hip-hop de lá. E sempre tem isso de crescer numa cidade pequena e juntar todos esses elementos.
Com certeza, cara. É o que fazíamos. Eu curtia hip-hop, Freddie curtia hip-hop, James e Head faziam o lance metal e tudo se juntou. Não acho que ninguém mais poderia ter criado isso. Em Bakersfield ou você era viciado ou engravidava alguém e tinha que correr atrás de trampo. Não tinha pra onde ir, então restava entrar nessa da música ou algo do tipo. Meu pai tinha uma loja de instrumentos e um estúdio, então entrei nessa.

Quando você estava compondo o primeiro disco, sabia que era algo diferente?
Sim, todos sentíamos isso, mas não entendíamos ou sabíamos como as pessoas se relacionariam ou entenderiam aquilo. Era minha vida toda fodida e o que eu pensava, e aí o som e o groove, que iam tão bem juntos que viraram algo mágico. Fazia as pessoas sentirem algo, as tocava. Música boa é isso. É a forma de arte mais pura do mundo. Pessoas ao redor do mundo se unem pelo amor à música. Todos podemos dizer que amamos música. É a arte mais incrível, e eu a amo.

O Korn passou por muito durante a carreira. É estranho parar pra pensar na sua discografia ou é empolgante pensar no que vem por aí?
Mal posso esperar pelo próximo álbum. Vou fazer isso até não poder mais. Sou assim, amo música tanto assim e é isso que ela significa pra mim. Tô empolgado pra fazer mais uns dez discos, porra! [Risos] Nunca vai me faltar inspiração. Sei lá quem foi que eu sacaneei ou que cachorro chutei, mas sempre acontece alguma bosta comigo, bicho. Sempre terei lenha pra queimar! [Risos] Vejo como isso ajuda a molecada e amo escrever letras e o que faço e o que isso faz com as pessoas. Não importa mais fama ou dinheiro, só ver gente chateada e magoada e machucada com algo e como nossa música faz essas pessoas se sentirem melhor de alguma forma. É por isso que continuo aqui.

John Hill é um jornalista residente do Brooklyn, em Nova York, e sempre está se sentindo como uma aberração. Siga-o no Twitter - @JohnxHill

Tradução: Thiago “Índio” Silva

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