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Música

A Miley Cyrus Foi a Melhor Rapper da Noite no SXSW

A Miley dançou o tempo todo tanto com o Rae Sremmurd quanto com Mike Will, e todo esse êxtase deixou um ponto central bem claro: a música, especialmente esta, é a melhor coisa pra festejar.

Miley Cyrus / Foto por Ryan Muir, cortesia da Fader Fort apresentada pela Converse.

Tanta coisa acontece em Austin que fica difícil saber o que é verdade e o que são rumores. Na real, não só em Austin, mas no mundo todo, de modo geral. Mas olha, às vezes esses rumores são reais, assim como o rumor de que a Miley Cyrus apareceu no SXSW. Isso é verdade, porque ela é cool pra caralho e é isso que ela faz.

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Já era de se esperar que Mike Will Made-It chegaria pesado para o set do Fader Fort, em Austin, na última quinta (19). Era óbvio que ele traria o Two-9, que é mais explosivo ainda no palco. Também era evidente que o Cavalo-de-Troia do Mike Will (estou falando de Rae Sremmurd) seria usado para incendiar a plateia. Foi uma surpresa maravilhosa ouvir em primeira mão "Choppin’ Blades”, do Riff Raff. E o Future fazendo um set com seus maiores hits (“Bugatti”, “Shit”, “Move That Dope”, entre outros) foi uma bênção.

Aliás, eu gostaria de refletir sobre quão sensacional está sendo o momento do Future. Se o ano passado refletiu um lado falho de Future, isso não ficou evidente no palco. Ele parecia emocionado em estar ao lado de seu parceiro musical, e era ótimo perceber o impacto de seus hits. No fim do set, ele deixou o palco brevemente e só voltou pra tocar “Itchin’”, um hit mais antigo. Foi foda. Mas o ponto alto da performance foi “Fuck Up Some Commas”, uma música que tem tocado muito ultimamente. Assim como o SXSW é sobre meter o loco e fazer uma apresentação foda, seus DJ sets são igualmente importantes para medir qual som tem melhor receptividade para agitar uma festa. Ano passado, quem fez isso foi o Young Thug. Neste ano, eu continuo ouvindo “Fuck Up Some Commas”, um sinal de que este foi não somente um momento de puro êxtase, mas também uma dura preparação para o que vem em seguida.

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Miley Cyrus é uma das maiores estrelas do pop, mas os últimos dois anos têm sido sua transição para uma legítima estrela pop. Dada a significância de sua estética hip hop, fica evidente a apreciação de Mike Will por ela, e vice-versa. E isso é bom porque, mesmo que o Rae Sremmurd pule no palco, no fim isso ainda vai ser considerado um show de rap. Mas um show do Rae Sremmurd é como se fosse um híbrido de culturas, e o entusiasmo de Miley para participar disso é a prova desta hibridez. Pô, a Miley torna isso um evento cultural. Então sim, quando ela cantou “We Can’t Stop”, a multidão aglomerou e cantou junto.

O ponto alto, aliás, foi ver ela fazer a parte de Nicki Minaj em “Throw Sum Mo”, do Rae Sremmurd, uma verdadeira música de boate que é tão estupidamente divertida que a gente se sentiria estranho se ela tocasse de fato em uma boate. Era absurdamente dançante, além de evidenciar a essência de algo que um evento deste tamanho oferece: o senso de transcender egos individuais para uma causa maior, neste caso, a diversão. A Miley dançou o tempo todo dividindo o foco tanto com o Rae Sremmurd quanto com Mike Will, e todo esse êxtase deixou um ponto central bem claro: a música, especialmente esta, é a melhor coisa pra festejar.

MIKE WILL

TWO-9

RIFF RAFF

RAE SREMMURD

FUTURE

MILEY CYRUS