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267 dias sem ela: Câmara do Rio nomeia tribuna em homenagem à Marielle Franco

Vereadores oficializaram mudança de nome da tribuna do plenário. Procuradora-Geral da República Raquel Dodge defende que crime contra Marielle não deve ser esquecido.
Vereadora Marielle Franco
Marielle discursando na Câmara do Rio de Janeiro. Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/Divulgação

Em sessão ordinária na tarde de quarta (5), a Câmara do Rio de Janeiro oficializou o novo nome da tribuna do plenário: Vereadora Marielle Franco.

O Projeto de Lei 15/2018 que dá o nome de Marielle à tribuna partiu dos parlamentares Tânia Bastos (PRB-RJ), Luciana Novaes (PT-RJ), Rosa Fernandes (PMDB-RJ), Teresa Bergher (PSDB-RJ), Vera Lins (PP-RJ) e Veronica Costa (PMDB-RJ), como homenagem a vereadora morta em 14 de março de 2018.

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"Agora homenageamos esse lugar onde Marielle disse que não seria interrompida. Nesse lugar que ela dizia ser uma vereadora eleita", discursou o vereador do mesmo partido de Marielle, Tarcísio Motta (PSOL). A placa leva a frase pronunciada pela vereadora carioca: "Não serei interrompida. Não calarão a minha voz".

Para procuradora, crime de Marielle não deve ser esquecido

Também na quarta (5), no 2º Seminário Internacional Brasil-União Europeia, em Brasília, a procuradora-geral da República Raquel Dodge ressaltou que o caso de Marielle não pode ser esquecido pelas autoridades, já que o crime está próximo de marcar nove meses sem solução e sem culpados responsabilizados.

"Marielle […] emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão contra a mulher e contra a mulher negra que quer ocupar espaços de poder no nosso país e, portanto, necessita ser, o quanto antes, esclarecido", declarou Dodge.

Segundo a Agência Brasil, no seminário foi firmado o termo que irá implementar o Formulário Nacional de Risco e Proteção à Vida (Frida) que auxiliará policiais, delegados e magistrados a ponderar o nível de ameaças às quais estão submetidas as mulheres vítimas de violência.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Ministério dos Direitos Humanos assinaram o termo.


Assista ao nosso vídeo sobre o assassinato de Marielle Franco:

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