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Estudo com 800 milhões de tuítes mostra que ficamos emo tarde da noite

Pesquisadores da Universidade de Bristol afirmam que, por volta das 3 e 4 da manhã, o pensamento existencial reina em todos nós.
Imagem via Shutterstock

O que tuitamos pode ser ditado pela hora do dia e nossos próprios ritmos circadianos, segundo um novo estudo com 800 milhões de tuítes.

Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, estudaram sete bilhões de palavras enviadas de 54 das maiores cidades do Reino Unido por quatro anos – entre janeiro de 2010 e novembro de 2014 – para determinar padrões em como pensamos e nos sentimos durante o dia. Eles pegaram tuítes por meio da busca API do Twitter, anonimizaram os dados, e usaram 73 indicadores psicométricos para analisar o humor e emoção por trás dos tuítes.

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O estudo, “Variações diurnas de indicadores psicométricos no conteúdo do Twitter”, foi publicado no PLOS ONE.

O que eles descobriram não vai surpreender ninguém que já saiu da cama de manhã e entrou no Twitter: nas manhãs de dias de semana, começando por volta das 6h, o pensamento analítico está no pico, assim como o mau humor. Todo mundo entra na internet pra saber as novas desgraças que aconteceram durante a noite e ser o primeiro a ficar puto com elas.

Nessas primeiras horas do dia, também estamos mais preocupados com conquistas e poder. Talvez isso explique esse tuíte aqui:

A coisa fica mais estranha nas madrugadas, por volta das 3 e 4 da manhã, quando o pensamento existencial reina. “Durante esse tempo, as emoções positivas estão em baixa, e morte e religião são as principais preocupações da população”, escreveram os pesquisadores.

As manhãs de domingo mostraram o ponto mais alto das emoções positivas, mas conforme o dia passa, vamos ficando cada vez mais pra baixo.

“A análise de conteúdo de mídia, quando feita corretamente, pode revelar informações úteis para ciências sociais e biológicas”, disse o professor Nello Cristianini, professor de Inteligência Artificial e líder do projeto. “Ainda estamos aprendendo como usar isso da melhor forma possível.”

Matéria originalmente publicada no Motherboard US.

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