What it's like to be black and LGBTQ in Brazil
Fotografia por Hugo Scott.

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Entretenimento

Ser negro e LGBTQ no Brasil de Bolsonaro

No país mais perigoso para transgêneros, um ex-militar intolerante assumirá a presidência. Como é a vida de quem está na linha de frente da opressão?

O Brasil tem sido centro das atenções nos últimos cinco anos. Recebeu as Olimpíadas, hospedou a Copa do Mundo e agora está passando por uma grande crise social. Isso veio depois de um golpe que tirou do cargo a primeira mulher eleita presidente na história do Brasil numa manobra orquestrada pelo vice, Michel Temer — o político com a pior popularidade da história do país.

Em março de 2018, a vereadora Marielle Franco, uma negra lésbica da favela e ícone do movimento negro brasileiro, foi brutalmente executada no Rio de Janeiro. Um dos casos mais horríveis de crime não resolvido do nosso tempo. Desde então, a violência começou a tomar as ruas, onde racismo, homofobia e transfobia diários se manifestam em ataques a corpos dissidentes. A artista plástica não-binária trans de 22 anos Matheusa Passarelli foi morta no Rio alguns meses depois do assassinato de Franco.

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O Brasil acabou de passar pelo segundo turno da eleição presidencial. A final foi entre dois candidatos muito diferentes. Fernando Haddad, líder do Partido dos Trabalhadores, disputou o faixa com Jair Bolsonaro, um militar de extrema-direita com muito apoio do público, que fala abertamente em retornar à política ditatorial dos anos 60. Ele condena minorias por meio de declarações racistas, homofóbicas e machistas. Bolsonaro está na frente de uma onda populista se espalhando pela América Latina e pelo mundo. Ele frequentemente é comparado com Donald Trump e o presidente filipino Rodrigo Duterte por suas ideias fascistas.

Aqui, a i-D falou com jovens brasileiros que entendem resistência como existência e estão tentando criar um futuro promissor baseado nos princípios do amor e da comunidade.

Wesley Baiano

Weslley Baiano

Wesley Baiano, 18 anos, modelo, dançarino e artista.

Qual sua experiência sendo LGBTQ e negro no Brasil?
Amado e odiado. Visível mas invisível.

Fale um pouco sobre o que você mais gosta na comunidade criativa da qual faz parte.
Adoro o jeito livre como lidamos com as coisas – isso torna tudo mais fácil!

O que você quer mudar?
Quero que sejamos ainda mais unidos para resolver nossos problemas.

O que você acha que precisa ser feito? Como as pessoas podem ajudar?
Deixando o ego e o individualismo de lado.

Se você pudesse dizer uma coisa para o mundo, o que seria?
Todo padrão que foi construído precisa ser desconstruído o mais breve possível.

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Igi Ayedun

Igi Ayedu

Igi Ayedun, 28 anos, designer de imagem e conteúdo, artista multimídia e pintora

Fale sobre o que você mais gosta da comunidade criativa da qual faz parte.
Nossa capacidade extensa de criação, mesmo quando encaramos opressão.

Como você descreveria a situação dos negros no Brasil?
É tudo uma questão de imagem e dinheiro. Não podemos ter um dia de descanso porque estão sempre questionando a qualidade do que fazemos, quem somos e o que queremos. O racismo no Brasil é estrutural, e os negros são sempre vistos como menores.

O que você quer mudar?
A imagem do brasileiro do que é certo ou errado, bonito ou feio, rico ou pobre, preto ou branco, binário ou não-binário. É tudo uma questão de dinheiro.

O que você gostaria que as pessoas do mundo soubessem sobre o Brasil?
É importante saber que vivemos um dos momentos mais memoráveis da nossa história, apesar do caos. O que está acontecendo aqui é muito próximo dos movimentos artísticos de contracultura gerados pelas linhas opressoras do século 20. Mas diferente do modernismo e tropicalismo brasileiros, as grandes notícias sobre o Brasil não estão vindo da academia, mas das ruas. A vanguarda brasileira é um ser humano queer, do gueto e dissidente.

Se você pudesse dizer uma coisa para o mundo, o que seria?
“Se tenho que escolher uma dicotomia entre amor e ódio, escolho o amor” – Matheusa Passarelli.

@igiayedun

Slim Soledad

Slim Soledad

Slim Soledad, 20 anos, modelo, DJ, artista, dançarino e produtor das festas Mil Grau e Chernobyl.

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Como você descreveria a situação das pessoas LGBTQ e negras do Brasil agora?
Eu descreveria como delicada. Acho que estamos tendo progresso, mas, ao mesmo tempo, estamos vendo um retrocesso com as novas políticas sendo introduzidas depois do golpe. Nossa comunidade vive nas periferias do país, vivemos numa grande desigualdade social. Mas acho que também estamos desafiando muitas barreiras. Com pessoas negras que possuem espaços, estrelam filmes e com o sistema de cotas nas universidades, entre outras coisas.

Como é sua experiência de ser um LGBTQ negro no Brasil?
Acho que a palavra seria “inseguro” porque nosso país é LGBTQ-fóbico e racista. Nossas minorias sofrem assédio diariamente, tanto agressões físicas quanto verbais. Mas claro que somos maravilhosos e causamos “medo” nessas pessoas por não seguir a norma. Claro, me sinto incrível, porque amo minha pele. Mas as desigualdades aqui desde a minha infância sempre foram jogadas na minha cara. Acho que muitos brancos não acreditam que são racistas, mas não sabem que estão reproduzindo um tipo de opressão contra nossos corpos.

Se você pudesse dizer uma coisa ao mundo, o que seria?
Busque, se informe, pesquise e estude. Porque ninguém pode tirar seu conhecimento de você. Quanto mais conhecimento você tem, mais as coisas se conectam.

@slimsoledad

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Kelton Campos.

Kelton Campos, 21 anos, artista plástico @1nn6

Fale um pouco sobre o que você mais gosta na comunidade criativa da qual faz parte.
Gosto da troca constante. Por mais que eu sinta que estamos em bolhas, essas bolhas têm milhões de partículas, e essas partículas me ensinam. É muito bonito como protegemos e amamos uns aos outros.

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Descreva seu trabalho.
Moro na Brasilândia [um bairro de São Paulo] e minha pesquisa é ligada com a favela onde cresci. Sempre tento trabalhar com pessoas da minha vizinhança, para dar o mínimo de visibilidade que acho que elas deveriam ter. O gueto é lindo, quero poder trabalhar nele sem estimular os estereótipos que as pessoas e instituições ligam a este lugar.

Qual sua experiência sendo negro no Brasil?
Confusa. Tento ler bastante para entender meu processo como um homem negro no Brasil. Sou fruto de uma diáspora. Às vezes sinto que as referências para nossa luta estão muito ligadas aos EUA. Respeito a luta afro-americana, mas sinto falta de uma discussão sobre o que é ser negro na América Latina.

Qual a melhor coisa sobre o Brasil?
O que mais gosto é que em toda essa loucura que os brasileiros vivem, a falta de estruturas nos permite descolonizar o máximo de coisas possível.

@1nn6

Lay

Lay.

Lay, 26 anos, cantora e rapper feminista

Como você descreveria a situação para as pessoas LGBTQ no Brasil agora?
Genocídio. Não há agenda mais importante que essa agora neste país porque ainda estamos falando do direito à vida. As leis aqui são do patriarcado e isso precisa mudar. Esse é o objetivo da luta.

Como você descreveria a situação dos negros no Brasil?
É muito triste que crescemos sem referências negras e somos estruturados para negar nossa própria existência, que é ditada pelos brancos. Aqui no Brasil é muito comum ver como eles se apropriam da nossa arte, nossa estética, para nos apresentar uma visão embranquecida disso. A comunidade negra de vanguarda está procurando seu espaço por meio da arte. Mas ainda assim, encaramos muitas dificuldades vindas da estrutura racista que culminam em problemas financeiros, psicológicos e emocionais.

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Qual a melhor coisa sobre a sua comunidade no Brasil?
A habilidade de sobreviver. Essa é a coisa mais admirável no momento. Depois do impeachment da única mulher eleita presidente do país, o assassinato da vereadora Marielle Franco e muitas outras barbáries contra nosso povo, é difícil acreditar que conseguimos acordar e viver todo dia.

O que você quer que mude?
A estrutura patriarcal, capitalista e racista.

@layfestyle

Ricardo Boni Estileras

Ricardo Boni.

Ricardo Boni, 21 anos, estilista e cofundador do Estileras.

Como você descreveria a situação dos LGBTQs no Brasil agora?
Pensando no Brasil todo, estamos em perigo. Eles nos matam e humilham, propagando o pior discurso sobre nossos corpos, que é marcado por violência. Apesar de o mercado estar mudando, eles nunca nos contratam, eles não valorizam nosso trabalho. Mesmo com os cartazes coloridos e botões de “curtir”, ainda somos cidadãos de segunda classe, mesmo em espaços criados para ser LGBTQ+ friendly, patrocinados por grandes marcas.

Qual a sua experiência como um LGBTQ no Brasil?
Tenho uma experiência privilegiada porque minha família nunca me oprimiu ou me obrigou a ser algo que eu não era. Desse contexto, cresci tentando entender a diversidade humana e seu poder, tentando respeitar todo mundo.

Do final do ensino médio, comecei a me vestir de um jeito não-normativo, e todo dia sinto o peso dos olhares, das risadas e do medo de andar nas ruas sem saber o que pode acontecer. Você é exótico e precisa explicar como se veste e se comporta a todo momento. Isso é ser LGBTQA+ no Brasil.

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O que você quer mudar?
É preciso ter mais intersecção na discussão. É necessário falar sobre raça junto com sexualidade, gênero, contexto social etc. Precisamos dar mais oportunidades a minorias. Mais conscientização política e social. E uma conexão maior com outras regiões do país para formar uma troca potente de arte dissidente.

Se você pudesse dizer uma coisa ao mundo, o que seria?
Entre o “sim” e o “não”, escolho o “talvez”.

@estileras

Brazil

Eduardo Costa Reis, 29 anos, cofundador do Brechó Replay.

Descreva seu trabalho.
O Brechó Replay é uma plataforma criativa no Instagram onde imprimimos nossa pesquisa pessoal e compartilhamos nosso processo criativo, e não só o que resulta disso.

Qual sua experiência de ser LGBTQ e negro no Brasil?
Oprimido e objeto de estudo.

Qual a melhor coisa da sua comunidade no Brasil?
Que minha comunidade pode ser chamada de família, diferente do formato tradicional cristão.

@brechoreplay

Brazil

Loïc Koutana (esquerda).

Loïc Koutana, 23 anos, modelo francês/congolês/marfinense e dançarino contemporâneo.

Como você descreveria a situação de LGBTQs e negros no Brasil agora?
Uma coisa me impactou quando cheguei ao Brasil – o Brasil é o lugar do mundo com mais pessoas transgênero, mas também o país que mais mata transgêneros. Isso mostra o paradoxo que temos no país. Apesar de as pessoas lutarem para ser elas mesmas, para abraçar sua singularidade, a cena LGBTQ e a comunidade negra são constantemente oprimidas e caladas. Perdemos uma amiga muito querida alguns meses atrás – a jovem, incrível e especial artista trans Matheusa. É muito triste quando você perceber que essas não são apenas estatísticas, mais atos reais.

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Qual sua experiência sendo LGBTQ e negro no Brasil?
Minha experiência é muito positiva. Sempre digo que renasci no Brasil. Na França eu estava constantemente preocupado com o que as pessoas diziam ou pensavam de mim. O país, o desejo de liberdade e a confiança do povo no Brasil me ajudaram a me aceitar. Minha jornada é realmente surpreendente aqui.

Qual a melhor parte da sua comunidade no Brasil?
Como um indivíduo francês/africano, sinto que o Brasil é a mistura perfeita entre o estilo de vida francês e esse desejo de liberdade e justiça que os franceses têm. Por outro lado, consigo reconhecer o espírito africano aqui, num sentido de família e alegria de viver. A melhor coisa no Brasil com certeza é o caldeirão cultural.

@lhommestatue

Brazil by Hugo Scott

Coletivo MOOC.

Coletivo MOOC – Catarina Martins, Kevin David, Levis Novaes, Lídia Thays, Louis Rodrigues, Raphael Fidelis, Vinni Tex e Suyane Ynaya.

O que vocês mais gostam na comunidade criativa de que fazem parte?
Um novo senso de comunidade que está se espalhando entre negros criativos.

Descrevam seu trabalho.
Dizemos que somos profissionais de publicidade, mas dentro do coletivo temos trabalhos diferentes, da criação ao produto final. A intenção é sempre mostrar que nossas perspectivas são tão válidas quanto as de qualquer grande universidade. O MOOC planta a semente onde talvez a terra não seja fértil. Acreditamos que nada pode ser como antes.

Como vocês descrevem a situação dos negros no Brasil?
Em constante evolução seria a resposta perfeita, mas é muito difícil falar por todos. Hoje nosso nicho criativo, jovem, adulto e negro aqui no Brasil está em desenvolvimento, buscando referências dentro do nosso contexto e tentando parar de ser como os EUA, começando a explorar o que temos cultural e artisticamente. Acredito que esse caminho está se tornando mais definido para nós, e é para lá que estamos indo.

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Quais suas experiências como negros no Brasil?
Falar sobre corpos negros dentro da sociedade é uma tarefa bastante complexa. Cada pessoa tem características e experiências únicas, mas quando trazemos o contexto de ser “negro” é como se estivéssemos conectados em uma unidade. O verdadeiro conhecimento sobre a comunidade negra no geral é o passo mais importante. Hoje, com acesso mais fácil, há informação sobre o tema, e a comunidade tem falado mais abertamente sobre isso – mais que a geração dos nossos pais, por exemplo. Mas não incluímos na educação das nossas crianças.

O que vocês gostariam que o mundo soubesse sobre o Brasil?
O mundo precisa saber que o Brasil é muito mais que o Rio de Janeiro, Carnaval e Uma Linda Mulher, e que há outras culturas além do samba, funk e futebol. Uma boa solução para isso é pesquisar os tipos de cultura locais e vir para cá ter esse tipo de experiência. Passar uma temporada vivendo com grupos de pessoas com origens sociais diversas é um jeito de ter uma troca mais verdadeira entre culturas.

@wearemooc

Brazil by Hugo Scott

Isaac Lohan, 22 anos, cozinheiro e manifestante visual.

Como você descreveria a situação dos LGBTQ no Brasil agora?
Estamos com medo de tudo que está acontecendo e do que está pela frente. Mas estamos preparados para encarar o que vier. Vejo a comunidade se unindo e tentando entender mais uns aos outros. Nos espalhamos e multiplicamos pelo Brasil em toda esquina tem alguém lutando por todos nós, e isso é lindo.

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Qual é sua experiência sendo um LGBTQ no Brasil?
Me sinto livre e tendo o direito de ser único. Me sinto um sobrevivente todo dia, alguém que não pode ter medo.

Qual a melhor coisa sobre sua comunidade no Brasil?
A união! Me sinto bem e seguro quando estou com meus colegas, e a comunidade cresce cada vez mais, é isso que nos torna vencedores.

O que você gostaria que as pessoas do mundo soubessem sobre o Brasil?
Que não falamos espanhol, que politicamente estamos todos experimentando momentos similares, e que temos muito a aprender uns com os outros.

Luiza De Alexandre

Luiza De Alexandre

Luiza De Alexandre, 20 anos, artista plástica e cantora.

Qual sua experiência como uma LGBTQ negra no Brasil?
Como uma mulher cis bissexual, recebo olhares tortos quando estou com minha parceira. Meu círculo de amigos é totalmente formado por pessoas trans e não-binárias. Como uma mulher negra de pele clara, às vezes me vejo numa posição privilegiada… Comecei a me entender como uma mulher negra no terceiro ano do ensino médio, quando o diretor da minha escola disse que eu devia pentear o cabelo para uma entrevista de emprego.

O que você gostaria que as pessoas do resto do mundo soubessem sobre o Brasil?Estamos vivendo uma grande crise política e econômica, o que é extremamente desesperador para os jovens criativos. O Brasil em que vivemos está numa época onde não podemos nos envolver com política, as pessoas não têm poder e estão desinformadas. Eles não nos dão informação e não sabemos o que está realmente acontecendo.

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Se você pudesse dizer uma coisa ao mundo, o que seria?
Precisamos pensar no futuro próximo, não deixar o consumismo tomar conta de nós. Sei que parece conversa de hippie, mas não é! Chegamos num ponto onde precisamos refletir sobre nossos valores, para realmente começar a pensar nas minorias. Precisamos ser menos egoístas e isso é algo que precisamos praticar todo dia.

@luizadealexandre

Brazil by Hugo Scott

Yaminah Garcia.

Yaminah Garcia, 21 anos, artista sonora.

Descreva seu trabalho.
Sou engenheira de som e DJ. Faço trilhas sonoras para vídeos de moda e publicitários, e às vezes trabalho como modelo para marcas independentes. Também participo de um coletivo que coloca artistas negros em lugares que não qualificam arte negra como arte, o AEAN.

Como você descreveria a situação das pessoas LGBTQ no Brasil agora?
O Brasil é muito grande, e não posso generalizar porque cada bairro tem dezenas de etnias. Cada experiência é diferente. Mas, no geral, as pessoas estão morrendo por causa de uma fúria que vem de uma grande ignorância. Este ano perdemos Matheusa por causa da discriminação que sofremos. Ela foi brutalmente morta no Rio, e eu também sofri um ataque na rua porque um amigo estava usando um vestido, e lutamos para protegê-lo. Tudo está muito instável, você está na rua com amigos e do nada pode passar por uma situação de agressão e ódio por causa da discriminação.

Qual é sua experiência como uma LGBTQ negra no Brasil?
Sei que não sou cem por cento aceita na maioria dos ambientes, mas fico muito feliz em ser parte de uma comunidade que entende as diferenças. Tenho orgulho de descender de pessoas honestas, reis e rainhas, e não de colonos psicopatas.

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Brazil by Hugo Scott

Victória Carolina, 19 anos, stylist e artista plástica

Como você descreve a situação dos LGBTQs e negros no Brasil agora?
Apesar de mais de 50% da população ser negra, por causa do processo de colonização, sempre nos venderam a ideia de que o ideal é o corpo branco. A publicidade enfatiza esses padrões, reforçando a exclusão e o racismo dentro do sistema.

Com ajuda das redes sociais, que permitem um acesso maior à informação, as pessoas começaram a se reconhecer como negras. No Brasil o racimo é estrutural, e estamos num processo de descoberta e empoderamento para mudar as coisas para as futuras gerações.

Qual sua experiência como LGBTQ negra no Brasil?
Oprimida. Como não sou parte do esteriótipo patriarcal do sistema, meu corpo é excluído e consequentemente não serei ouvida.

Qual a melhor coisa na sua comunidade?
Não sei se é a melhor coisa, longe disso! Vivo numa bolha social que me permite falar sobre essas questões dentro da comunidade, ser ouvida, poder falar e questionar. Mas fora da bolha vivo em perigo, oprimida pelo resto da sociedade brasileira.

@princesinhadazl

Brazil by Hugo Scott

A cena queer da Brasilândia.

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Lay e amiga.

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