​Os velhinhos transeuntes de Pedro Ferrarezzi

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​Os velhinhos transeuntes de Pedro Ferrarezzi

Cabelos brancos, chapéus, bengalas, óculos de grau.

Ainda moleque, o paulistano Pedro Ferrarezzi usava uma câmera digital de três megapixels para fotografar os cantos da casa onde morava. Hoje, sua maior curtição é clicar pessoas andando pela rua, fumando, pensando, existindo ou escolhendo laricas no mercado.

Despropositadamente, seus personagens principais já viveram bastante e ostentam cabelos brancos, chapéus, bengalas e óculos de grau. "Acho que tem um pouco de coincidência nas fotos de velhinhos. Talvez porque eles sejam mais tolerantes e menos assustados", conta.

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A maioria das imagens é feita pelas ruas do centro de Campinas, interior de São Paulo, onde o fotógrafo de 26 anos mora. Se o dia estiver bonito, as chances de sair com a câmera a tiracolo aumentam. "Quando tô na rua, fico mapeando todos os lugares por onde passo, olhando pra todos os lados, todos os cantos, dentro de todas as lojas, pra todas as pessoas."

Para a foto acontecer, Pedro usa duas táticas: simpatia e silêncio. "Tento ser ágil e não chamar muito a atenção, mesmo com uma câmera grande e barulhenta. Clico, dou um sorriso e vou embora." Ainda assim, já ouviu uns xingamentos, mas ninguém nunca o repreendeu. "Espero que ninguém venha me cobrar direitos autorais pelas fotos", fala. Atualmente, ele participa do coletivo Selva SP (que cobriu a Erotika Fair 2014 pra VICE) e mantém o estúdio Muto.

Veja mais fotos do Pedro Ferrarezzi abaixo e dê uma espiada no Instagram bonitão dele.