Terapia por Skype dá certo?

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Terapia por Skype dá certo?

Muitos brasileiros que se mudaram para o exterior optam por continuar suas consultas com psicólogos do país de origem. Mas será que funciona?

Quando se mudou da cidade de São Paulo para fazer mestrado em Bonn, na Alemanha, o biólogo Heitor Satorelli, de 25 anos, não quis interromper o tratamento psicológico que fazia toda semana no consultório. Sua terapeuta, então, sugeriu que continuassem com as sessões pela internet. Na hora, ele não botou muita fé. "Sempre desconfiei de atividades pelo computador e tinha certo preconceito com o Skype", conta. "Achava que era uma ferramenta que travava demais e que isso atrapalharia."

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Com pés em solo europeu e sem falar uma frase em alemão, Satorelli notou que seus conhecimentos em inglês não ajudariam. Quase ninguém na região falava o idioma. Assim, numa tarde, topou a aventura tecnológica de discorrer sobre suas entranhas sentimentais via teleconferência. "Apesar de a teoria da psicologia ser universal, as vivências e experiências de uma psicóloga brasileira facilitam o entendimento dos meus problemas e angústias, mesmo porque alguns deles são frutos do choque cultural", conta. O português, diz, dá mais liberdade para expressar esses pensamentos.

A enfermeira Ivana Matos, 39, viveu situação parecida. Embora tenha se mudado para uma cidade onde também se fala português — saiu de Oriximiná, no Paraná, para viver em Luanda, Angola — preferiu continuar a terapia que iniciou no Brasil. "Gosto muito das sessões por Skype. É cômodo, fácil, não demanda deslocação nem estresse", justifica. Muita vezes, a sessão terapêutica acontece quando Ivana está dentro do carro, no engarrafamento ou durante uma caminhada. "Estamos numa época em que a tecnologia faz parte da nossa vida, então, porque não usá-la? Se podemos ter aulas pela internet por que não fazemos terapia online?", questiona.

Leia mais na reportagem de Motherboard.