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Comida

Tá faltando comida nas Olimpíadas

No primeiro fim de semana dos Jogos acabou o rango pros torcedores e o COI tenta contornar a situação com adição de food trucks nas áreas externas das arenas.
Foto por Chris McGrath/Getty Images.

Esta matéria foi originalmente publicada no MUNCHIES US.

Alguém ia querer viajar para um evento esportivo se não houvesse a perspectiva de se acabar nos comes e bebes do país que recebe o evento? Essa é uma pergunta que muitos espectadores estrangeiros das Olimpíadas estão começando a se fazer, principalmente depois de testemunhar as dificuldades iniciais para comprar uma cerveja que seja nos Jogos Olímpicos de 2016.

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Depois de relatos elogiosos da imprensa estrangeira sobre a abertura das Olimpíadas no Brasil, o que está pegando mesmo é o fuzuê de filas para entrar nas arenas e a dificuldade pra comer e beber por lá. Logo no primeiro fim de semana dos Jogos, houve relatos de vendedores tendo que lidar com filas intermináveis, um sistema de pagamento complicado e falta de comida para aqueles que conseguiram superar a zona toda.

Depois das queixas de espectadores que tiveram que ficar mais de 50 minutos na fila para comprar comida no sábado (6), saiu a notícia de que alguns vendedores de comida nos eventos de tênis e rúgbi ficaram sem produtos prematuramente. Repórteres do Sydney Morning Herald foram avisados que um prato propagandeado como disponível no jogo de basquete Austrália vs. Brasil no sábado só chegaria na terça-feira. Os vendedores da Arena do Futuro, o espaço do handebol, também foram obrigados a fechar mais cedo na noite de sábado por estoque insuficiente.

Isso tudo aconteceu depois que o Maracanã ficou sem comida uma hora antes da cerimônia de abertura na sexta (5). Numa matéria do Sydney Morning Herald, um porta-voz do comitê de organização do evento disse no sábado que eles estavam "investigando com os fornecedores por que a comida não está sendo suficiente". O porta-voz continuou dizendo que "ainda não me deram uma resposta final, mas me disseram que problemas como esse serão resolvidos ainda hoje, porque isso dificulta muito a situação".

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Fora os casos de estoque insuficiente, muita da ira dos visitantes que vão aos jogos tem sido atribuída às enormes filas e um sistema organizacional que exige que os espectadores paguem pela comida e bebida num caixa e depois entrem em outra fila para pegar o produto. No caso do jogo de basquete EUA vs. China no sábado, os espectadores tiveram que entrar numa terceira fila porque a impressora de tíquetes quebrou. E o sistema não leva em conta se o estoque esgotar antes que o cliente realmente ponha as mãos nos produtos.

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Os organizadores do evento, porém, já emitiram um pedido de desculpa oficial aos espectadores, que podem ter perdido parte das partidas graças às longas filas do primeiro dia. "Temos consciência dos problemas e da frustração. Pedimos às autoridades relevantes que aumentassem a eficiência e velocidade da entrada no parque olímpico garantindo mais funcionários nas máquinas de raio-X. Depois dessas melhorias, as filas voltaram ao normal. Agradecemos a paciência e a compreensão mostradas pelos torcedores."

A declaração foi repetida pelo diretor de comunicações Mario Andrada, que disse à imprensa durante uma entrevista na manhã de sábado que a organização acrescentaria 100 funcionários à equipe de logística.

Segundo a Agência Brasil, a organização dos Jogos convocou um time de food trucks pra ajudar no oferecimento de comida e bebida ao público. "Até o fim da noite desta segunda-feira passariam a funcionar junto às arenas 25 trailers oferecendo vários tipos de opções de alimentação, como massas e comida japonesa.

Agora só precisa avisar aos gringos que tá liberado ketchup na pizza.

Tradução: Marina Schnoor

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