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Motherboard

As ferramentas governamentais de espionagem são mais vulneráveis do que parecem

Acontecimentos recentes mostram que há um risco de exposição real de softwares de hacking usados por agências do mundo todo. O que isso pode causar?
Crédito: InnaVar/Shutterstock

Vazamentos de dados recentes deixaram claro que as ferramentas de hacking usadas por governos correm sérios riscos de exposição. O valor real da informação desses leaks varia e algumas podem não ser lá grande coisa, mas ainda há um ponto a ser destacado aqui: hackers podem obter poderosas ferramentas de ciber-espionagem com facilidade.

O que mais causa preocupação é que, na maioria dos casos, o governo não parece se preocupar em lidar com as consequências. Costumam deixar as brechas em aberto para serem reutilizados por quem quer que seja. Vivemos, então, um cenário peculiar: é como se alguém tivesse postado na internet uma chave-geral para abrir todo o tipo de trava e nenhuma autoridade gosta de falar no assunto.

"O que aprendemos com os vazamentos e divulgações dos últimos meses é que vulnerabilidades seguem desconhecidas mesmo após terem se perdido", afirmou Claudio Guarnieri, tecnólogo da Anistia Internacional ao Motherboard, em chat. "Isso é completamente irresponsável e inaceitável."

O fenômeno não é tão novo quanto parece. Há exemplos de ferramentas hackers projetadas para governos caindo nas mãos do público desde 2015. No começo daquele ano, um vigilante que se apresentava como Phineas Fisher atacou a empresa de segurança cibernética conhecida como Hacking Team. Phineas divulgou o código completo de malwares e instaladores para quem tivesse interesse.

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