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Motherboard

​Procura-se 'BFF corporativo'

Para trabalhar nas startups moderninhas não basta ter experiência, é preciso ser ‘top person’ e ‘manjar dos paranauê’.

Meu amigo, o mercado está difícil. E fica mais difícil diante dos classificados cifrados que muitas empresas estão exigindo.

Foi-se o tempo das expressões nebulosas de recursos humanos como "pró-atividade" e "liderança". No Facebook pipocam posts divulgando vagas de emprego que só tendo print screens para acreditar: "Buscamos um profissional gente boa, criativo com perfil moderno, capaz de mover o ponteiro e que faça a diferença. Determinado a promover mudanças, capaz de colaborar com a cultura do negócio e manter na companhia a vontade pela entrega de resultados criativos. Alguém que queira mostrar seus dotes e que manje dos paranauê."

Fotos abstratas de clichês corporativos deram lugar a ilustrações de Pikachu e Onde Está Wally? Agora, além dos disparates de sempre (requisitos como toneladas de experiência, formações e domínio de diversas ferramentas para assumir atividades mil e fazer café a troco de um salário de R$ 500), muitos anúncios de vagas vêm acompanhados por emojis e pré-requisitos como: "ser top person e trazer comida pra galera", "ser super hero", "ser ninja", "ser heavy user de FB", "ter no mínimo nível 5 no Pokémon Go", ter "conhecimentozinho de PS", "bom gosto" e "amor e energia positiva". Alguém "ágil como um ninja, criativo como o Coringa, oportunista como o Homem Aranha, [que] consegue desenvolver como Tony Stark e [que] trabalha em equipe como um Ranger", "simpáticx e cheirosx", que saiba "tirar o bumbum da cadeira", que faça "um bom soufflé" e, meu preferido, que queira "ser nosso novo BFF". Entendeu?

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