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Foto: Divulgação / I Hate Flash

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Noisey

Os melhores shows do Lolla para quem já foi no Lolla

O público das edições anteriores conta histórias de triunfos, perrengues, e dos melhores shows que já viram no festival.

Mais um Lollapalooza Brasil vem aí. Nos dias 5, 6 e 7 de abril, acontece a nona edição do festival que se consolidou como um dos principais eventos de música alternativa do país. Ao longo desses anos, já passaram pelo palco do Lolla BR grandes nomes do indie-rock, como Arctic Monkeys -- em 2012, após o lançamento dos discos Favorite Worst Nightmare (2007) e Suck It and See (2011) --, Arcade Fire e The Strokes; rappers como Eminem, Wiz Khalifa e Snoop Dogg; divas do indie-pop como Marina And The Diamonds, Lana Del Rey e Florence And The Machine; além de algumas das principais bandas da cena independente nacional, como Boogarins, Baleia e francisco, el hombre.

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Em 2019, o festival trará como atrações principais o rapper Kendrick Lamar, Arctic Monkeys e Tribalistas -- a primeira banda brasileira a ser headliner na história do Lollapalooza Brasil. Enquanto abril não chega, resolvemos lembrar momentos inesquecíveis do Lolla para os fãs que viveram a emoção (e as tretas) de ver suas bandas favoritas no festival.

Isabela Santos, 22 anos. São Paulo (SP)

Melhor show: The Strokes (2017).
Quantos Lollas: Dois (2015 e 2017).

"Tenho algumas histórias na real. Fui só pra ver o Childish Gambino, em 2015. O show tava tão vazio que eu cheguei meia hora antes e fiquei na grade. O Chainsmokers tocou antes dele e juro pela vida da minha mãe que tinha no máximo dez pessoas no final do show deles. Anos depois eles voltaram como headliner.

Para o Strokes, eu cheguei às 3h da manhã com a minha mochilinha e entrei na fila com duas amigas da faculdade. Tinham só mais umas duas meninas na minha frente, mas elas queriam ver o Two Door Cinema Club. Parando para pensar, era super perigoso, né. Um monte de menina na rua em Interlagos de madrugada. Aquilo ali tava deserto. Mas, enfim, fiquei lá até abrirem os portões, corri igual a uma louca e peguei a grade. Aí foi ficar o dia inteiro lá esperando. Não podia comer, não podia beber muito, porque você não pode sair em hipótese alguma do seu lugar, mas valeu demais, foi o melhor dia da minha vida. É minha banda preferida. Conheci com 15 anos em 2011 e fiquei obcecada. Não poderia ver o show de qualquer outro lugar que não fosse a primeira fila. Se tivesse que ter passado dias ali, teria passado. Ano que vem, pretendo dormir na fila pra ver o Arctic Monkeys."

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Tava curtindo, a Rafaela.

Rafaela Martuscelli, 20 anos. Bauru (SP). Melhor show: Marina And The Diamonds (2016) e Twenty One Pilots (2016).

Quantos Lollas: Três (2015, 2016 e 2017).

"Meu coração fica dividido quando me perguntam qual foi o melhor show que vi no Lolla. O da Marina And The Diamonds foi muito importante, porque ela é minha cantora favorita desde 2012. E em 2015 eu sofri o trauma do cancelamento. Só que graças a Deus no ano seguinte o show dela foi a coisa mais linda do mundo. Não conseguia acreditar. E eu ainda fiquei tão pertinho.

Apesar disso, teve o show do Twenty One Pilots, que no fundo é o que eu mais gostei, eu acho. Eu conhecia a banda e gostava já. Quando assisti ao show, eu tava num momento muito complicado da minha vida, de frequentar psicólogo e tudo. As músicas que eu conhecia deles, na época, já eram muito reconfortantes pra mim, mas quando eu vi o show, foi um negócio que meu corpo até amorteceu. Fui pra um mundo paralelo e quando acabou eu fiquei pensando “NÃO É POSSÍVEL QUE ISSO AÍ EU VI COM MEUS OLHOS”. A partir desse dia, eu nunca mais parei de ouvir Twenty One Pilots e falo de boca cheia que é minha banda favorita -- inclusive amanhã estou indo tatuar uma frase deles.

Além disso, conheci minha atual roommate no Lolla 2017. Uma amiga minha me avisou que uma conhecida ia sozinha e perguntou se a gente não queria conversar e se conhecer pra ir junto. Coincidentemente, essa menina que ia no Lolla tinha passado na mesma faculdade que eu, no mesmo curso e na mesma sala. A gente se conheceu lá, um mês antes das aulas começarem, e quando ela foi embora eu falei pros meus amigos 'acho que vou morar com ela, sabia?'. E aconteceu mesmo! Moramos juntas desde abril de 2017."

Thiago Neves, 26 anos. Belo Horizonte (MG).

Melhor show: Arcade Fire (2014).
Quantas vezes foi no Lolla: Três (2012, 2014 e 2015).

"Das minhas lembranças em shows, algumas das melhores foram vividas em dias de Lollapalooza, quando se anda de um palco pro outro pra dar vida à fantasia de assistir às bandas que por muito tempo foram miragens sonoras nos meus fones de ouvido. Mas de todas essas queridas memórias, nenhuma supera a de quando eu vi pela primeira vez, em 2014, o Arcade Fire ao vivo. Aquela explosão monumental dos timbres canadenses e caribenhos que compunham as canções de Reflektor, as quais ouvi do lado de amigos e da minha mãe (também uma fã da banda), é hoje a mais bonita das recordações que vêm à minha cabeça quando volto à fantasia de ouvir It’s Never Over com os meus fones de ouvido."

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