Foto via IMDB / Showtime.
The L Word, a série dramática superpopular dos anos 2000 sobre lésbicas em Los Angeles, está de volta. Segundo o Hollywood Reporter, o canal Showtime deu sinal verde para uma nova temporada, que retorna para o mesmo mundo queer ensolarado do original, desta vez com um time contemporâneo de novos personagens que têm ligações com as vidas de algumas das mulheres da série original.A série foi um guilty pleasure para pessoas de todo o espectro de 2004 a 2009 e abriu caminho para a representatividade lésbica na televisão. Foi-se o tempo em que as lésbicas eram personagens de apoio acrescentando um tiquinho de cor na história de outras pessoas. The L Word deu aos espectadores uma gama de personagens lésbicas centrais, e convidou o público para ver facetas de suas vidas raramente mostradas na TV enquanto elas navegavam por amor, sexo, amizade e, claro, muito drama. A série não era perfeita, levantando questões na época – e em retrospecto – de fãs que queriam ver personagens ainda menos estereotipados, e mais diversidade em todas as arenas (gênero, raça, classe, tipo físico, etc.). Mas mais importante, a série mostrava uma comunidade de lésbicas, permitindo que pessoas que se sentiam isoladas vivessem através delas num mundo onde as lésbicas estavam em toda parte.A equipe responsável pela produção parece consciente de que vai precisar atualizar bem a sequência. A criadora original Ilene Chaiken está de volta como produtora-executiva, assim como as atrizes da série dos 00 Jennifer Beals (que interpretava Bette Porter), Katherine Moennig (Shane McCutcheon) e Leisha Hailey (Alice Pieszecki). Mas a série acrescentou Marja Lewis Ryan, uma showrunner que, esperamos, pode dar uma perspectiva nova para o projeto.“Marja trouxe sua visão única e contemporânea para The L Word e se misturou muito bem com o tecido da série pioneira de Ilene”, disse Gary Levin, presidente do Showtime, ao Deadline. “Essa série aclamada proporcionou entretenimento e impacto quando foi transmitida pelo Showtime, e estamos confiantes de que a nova versão vai fazer isso e mais em 2019.”Não preciso nem dizer, mas muita coisa mudou na comunidade lésbica entre os 2000 e agora. Como o título de The L Word sugere, ser orgulhosamente assumida ainda era tabu quando a série passava, e muitas fãs a assistiam escondido. Mas, agora, há muito mais séries populares lideradas por personagens queer – de Orange Is the New Black a Queer Eye – e parte do estigma caiu, o que significa que a sequência tem que fazer muito mais para avançar o diálogo do que só colocar um punhado de personagens lésbicas no centro da trama.A comunidade lésbica vibrante da Califórnia continuou a crescer e fazer barulho depois que The L Word saiu do ar, mas a série manteve uma certa atração de terra da fantasia dentro da comunidade queer. Em 2010, um reality show spinoff sobre lésbicas em LA, The Real L Word, estreou no Showtime, seguindo por três temporadas até 2012. Enquanto isso, youtubers e influencers do Instagram conhecidas na cena queer de LA como Ari Fitz (do Tomboyish), Hannah Hart (My Drunk Kitchen) e Amber (do Amber's Closet) conquistaram uma legião de seguidores queer pelo mundo, ansiosos para viver através do estilo de vida delas. Ainda não sabemos se The L Word estreia este ano ainda, mas – por mais vanguardista que o original tenha sido – esperamos ver um novo tipo de queer de LA na tela quando a série voltar.Siga a Taylor Hosking no Twitter e Instagram.Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.
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