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139 dias sem ela: 27 de julho, aniversário de Marielle Franco

Nessa data, Marielle completaria 39 anos.
Foto: Agência Brasil

Em vida, Marielle Franco transformou sua jornada em luta. Nascida no Complexo da Maré, em 27 de julho de 1979, a carioca se tornou mãe, professora, socióloga e vereadora, a quinta mais votada da cidade do Rio de Janeiro, em 2016. A parlamentar trabalhou pelos seus: pessoas negras, periféricas, mulheres e LGBTs. Sua missão era proporcionar mais qualidade de vida, acesso e igualdade à quem a colocou no posto como vereadora.

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Na noite de 14 de março de 2018, sua batalha foi interrompida. Marielle foi assassinada, juntamente com Anderson Gomes, seu motorista. Mais de quatro meses após o crime, a Justiça continua investigando o caso.



Apesar da atrocidade, Marielle permanece presente. Hoje, seus 39 anos são relembrados. "Hoje não terei seu abraço forte. […] Mari foi morta por uma política capaz de matar covardemente. Não queremos vingança. Mas não vamos sossegar enquanto não tiver justiça! É isso que torna Marielle presente, mesmo com toda dor", comentou Marcelo Freixo (PSOL-RJ), seu parceiro na política.

"Vamos juntas porque jamais poderá ser de outra forma num mundo onde eu não posso existir sem você. Onde você não podia seguir sem mim. O dia 27 de julho sempre será seu, tal como meu coração sempre foi e sempre será Marielle Franco da Silva, amor da minha vida", disse Mônica Benício, sua companheira, numa publicação com uma foto do rosto de Marielle tatuado no seu braço, em seu perfil no Instagram.

Imagem: Reprodução / Instagram

Sobre as investigações

Ao todo, dois suspeitos foram presos preventivamente pela Justiça do Rio de Janeiro, sob a suspeita de participarem do crime contra a vereadora e o motorista: o ex-policial militar Alan Nogueira e o ex-bombeiro Luis Cláudio Ferreira Barbosa, presos na terça (24).

Na manhã desta sexta (27), William da Silva Sant’Anna, Guilherme Anderson Olivieira Christensen e Renato Nascimento dos Santos, foram presos por outro crime, cometido em 2015, mas estão sob investigação pela Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro (DH-RIO), por participarem da execução de Marielle e Anderson, segundo o depoimento de uma testemunha-chave.

Também estão sendo investigados como mandantes do crime o ex-PM Orlando Oliveira Araújo, conhecido como Orlando Curicica, que está preso sob a acusação de homicídio e comando de milicia no Rio de Janeiro. E o vereador Marcello Siciliano (PHS-RJ), que segundo a testemunha-chave do caso, promoveu encontros com Curicica para planejar a execução da parlamentar. As investigações seguem pela DH-RIO.

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