Esta matéria foi originalmente publicada na i-D.O punk pode ter nascido na Inglaterra, mas foi no ensolarado sul da Califórnia que o etilo desabrochou numa cena vibrante e distinta — ancorada em Los Angeles, a cidade onde um dia o glam rock reinou soberano. No final dos anos 70, a juventude descontente de LA estava de saco cheio da disco e do Elvis. E foi assim que o Slash, um zine alternativo publicado entre 1977 e 1980, narrou o desenvolvimento de uma cena punk extremamente faça-você-mesmo, declarando já em sua primeira edição: "Chega, colega! Já é hora de espirrar o pus e mandar os ricaços sujos do rock 'n' roll para o asilo da Flórida a que eles pertencem".
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O Slash, fundado pelo então casal Steve Samiof e Melanie Nissen, publicou 29 edições antes de encerrar os trabalhos em 1980 (a marca ressurgiu mais tarde como selo punk, comprado pela Warner Brothers em 1999). Enquanto cobria bandas punk de LA como The Screamers e X, o Slash também publicava matérias sobre rockabilly, blues e raggae — a lenda Peter Tosh, por exemplo, apareceu numa capa em 1978. Agora um novo livro,Slash: A Punk Magazine from Los Angeles: 1977-1980, traz reproduções de cada capa da publicação (além de Tosh, os astros incluem Debbie Harry, Johnny Rotten, David Byrne e Siouxsie and the Banshees) além de reimpressões de algumas das matérias mais memoráveis.
A antologia também fornece uma janela única para as tribos da cena, dos punks de alfinete de fralda na cara e camisetas do Germs aos new-wavers de terno. Nerds do design também vão pirar com os layouts do Slash (olha essa fonte dos Ramones!) e os anúncios publicitários direto do passado. Assim que inventarem uma máquina do tempo, vamos voltar direto para a exibição dupla de Eraserhead e Pink Flamingos no Nuart Cinema, um evento que o Slash promoveu logo abaixo de uma entrevista com o Throbbing Gristle de 1979.Slash: A Punk Magazine from Los Angeles: 1977-1980foi publicado pela Hat & Beards Press.Tradução: Marina Schnoor
