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Música

Um guia para cagar na balada

Buscamos uma solução para o mais global dos problemas de verdade.

Matéria originalmente publicada no THUMP UK.

Poucas coisas passam tanto pela minha cabeça como o ranço daquele lanchinho gorduroso da madruga, com tanto terror quanto a ideia de que no próximo final de semana estarei mais uma vez em uma fila, desesperado pra dar um cagada, na certeza de que limparei o mijo de alguém do assento antes de arriar as calças e tentar soltar aquele barro gostoso, tudo isso aos murros e pedidos de "VAMO PORRA" que vem do lado de fora.

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Infelizmente, a combinação de bebida, empolgação e seja lá o que for que você ingeriu naquela noite, é bem provável que você precise dar aquela evacuada em algum momento da noite, e infelizmente, quando a natureza chama, resta atendê-la: segurar não vai te ajudar em nada no longo prazo, te deixando inútil até o raiar do dia, se comunicando apenas por murmúrios e gemidos de dor, incapaz de formular uma única sentença. Tem que botar pra fora, meu parceiro.

De forma a garantir que você seja capaz de tamanho desprendimento (vulgo CAGAR NA BALADA), compilamos algumas dicas do que fazer e do que não fazer. Imprima este texto e carregue consigo no final de semana — pode ser bom ter algo pra ler enquanto se está naquela cabine, além do que, ter papel por perto pode servir outros propósitos menos nobres também.

Não enrole

São duas da manhã e Anthony Naples está tocando a SUA música. Geral despirocando como nunca antes na vida, menos você, que precisa dar um cagão. Você segue rumo ao banheiro, sofrido, enfrentando aquele cheiro terrível de mijo velho e cocaína, pisando em temíveis poças escuras pelo chão, colado num cara que fala sozinho, suando como se fosse derreter ali mesmo. Punhos cerrados e cara feia, o que garante que você está de acordo com o resto da galera ali.

Finalmente é sua vez de entrar no cubículo: a trava da porta obviamente não funciona, então é preciso ser meio acrobata agora, ao segurá-la com um pé enquanto dá um jeito de se encaixar no vaso. AGORA VAI. Você tem um minuto, quem sabe dois, antes da turba do lado de fora começar a surtar, então faça toda a força que puder, canalize toda aquela energia interna e caia fora.

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Aceite que você é passível de falhas

Há pouco conversei com um amigo sobre esse lance de cagar na balada e ele confessou ter usado o banheiro em todas as boates que foi. Para ele, imagine só, não rola nervosismo, nenhum drama em ter que cagar na rua. Ele consegue chegar na balada seguro de que o banheiro é seu reinado e nada, nada lhe impedirá de atender ao chamado da natureza. É o homem que todos nós gostaríamos de ser, então que consigamos arrebanhar coragem a partir desta corajosa alma, de cabeça erguida quando voltamos à pista um tantinho mais leves.

Não cague no chão

Lembra quando aquele brother cagou no chão de uma balada em Wigan no ano passado? Lembra? Lembra de ver o video no LadBible e ser acometido por súbita vergonha alheia? Lembra como aquilo te fez parar tudo que estava fazendo? Então não cague no chão. Pelo amor de deus, nunca cague no chão.

Planeje-se

Creio que foi John Fashanu que certa vez disse “planejamento previne um mau desempenho” e ele está certo. Ainda mais neste contexto. Se você é baladeiro de plantão, provavelmente já tem noção do que pode e não pode colocar dentro do corpo de forma a evitar criar condições adversas pra si mesmo. Por exemplo, se você sabe que tomar seis latas de cerveja fortona e duas pizzas de microondas vão dar ruim, talvez seja uma boa idea evitar consumir essas delícias antes de sair. Que tal um refrescante copo d’água e uma saladinha? É barato, é saudável!

Tenha cuidado também com outras substâncias que impactam seu sistema digestivo. Uma opção é deixá-las de lado e evitar a necessidade de ir ao banheiro, a outra é mergulhar de cabeça em tudo e assumir a barra que é querer cagar no meio do rolê.

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Não se esqueça do papel higiênico

Essa dica vale pra vida no geral. Poucas coisas são piores do que se descobrir sem papel higiênico em meio ao processo de evacuação. É como se uma rede de proteção que deveria estar ali simplesmente desaparecesse, o que antes poderia ser facilmente resolvido aos gritos de “Mamãe, mamãe!”, até que sua santa mãezinha lhe salvasse. Agora você fica dentro de um cubículo por 20 minutos ou mais, esperando a hora certa pra sair em segurança sem ser flagrado todo cagado.

Mas e no meio de uma casa noturna? Bom, é terrível demais pra se pensar até, então você tá sozinho nessa, queridão.

Lave as mãos

Você pode estar cagando num banheiro imundo e suarento, mas mesmo assim você não é bicho.

@bain3z