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cinema

Filmes: O Mentor

O sexo e o álcool em excesso não são fixes para a saúde.

The Master
8/10
2012 Vi este filme na semana passada e, tipo um bovino, fiquei a ruminar sobre o regresso do Paul Thomas Anderson, cinco anos depois. Nem consegui perceber se odiei, ou se adorei. Antes de mais, convém ressalvar que sou uma fanática pelo Magnólia e pelo Haverá Sangue: os trabalhos deste gajo costumam assentar numa persona principal (Tom Cruise e Daniel Day-Lewis, respectivamente). Essa opção mantém-se em O Mentor. Desta vez, a escolha recai sobre um soberbo Joaquin Phoenix, irreconhecivelmente caracterizado. E é nele, na fotografia, na densidade de planos, na banda-sonora de Jonny Greenwood (Radiohead) e na já habitual excelente prestação de Philip Seymour Hoffman que o filme se eleva. O Mentor é sobre um homem chanfrado, com traumas de infância e do pós-II Guerra Mundial, viciado em sexo e em álcool. Basicamente, um cadáver adiado que encontra um falso alento numa seita liderada por Hoffman. Durante duas horas, é tempo de levarmos com um argumento dual, complexo sobre como a vida de todas e quaisquer pessoas é guiada por um “mestre”. No caso de Phoenix, prova-se que um mestre, alguém que nos inspira, pode sempre ajudar-nos a superar obstáculos. Mesmo que momentaneamente. Não há muitas formas de brincar com O Mentor. Mas podemos sempre relembrar-nos de que sexo e álcool em excesso não são fixes para a saúde física e mental.