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saúde mental

Especialistas dizem que você deveria ser mais legal consigo mesmo

O esquema é melhorar seu diálogo interno.
Foto por Georgia Pinaud via Wikimedia Commons.

O jeito como falamos com nós mesmos importa. Não só nosso diálogo interno molda nossa percepção do nosso lugar no mundo, isso também afeta nossas emoções e motivações. Pode ser bem tenso quando nosso maior crítico mora no nosso cérebro. Mas é possível tomar o controle do nosso diálogo interno quando você decide ser mais intencional com seus pensamentos e palavras.

Um estudo de 2012 da Universidade de Lethbridge descobriu que para integrar uma conversa interna positiva, três passos são necessários: primeiro, a pessoa precisa estar consciente de seu crítico interno. Segundo, a pessoa deve desenvolver estratégias para transformar esse diálogo negativo em positivo. Terceiro, a pessoa deve transformar o diálogo interno positivo num hábito diário.

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Para ajudar com o segundo passo do processo, perguntamos a escritoras, terapeutas e podcasters quais táticas usar para minimizar — ou até mesmo banir — essas vozes destrutivas na sua cabeça. As respostas foram editadas e condensadas para maior clareza.

Interrompa o ciclo e honre seus sucessos

Quando você perceber que está sendo muito autocrítico, diga “Decidi que não falo mais assim comigo mesmo” e enquadre esse pensamento de maneira diferente. Por exemplo, se você pensa “Não posso fazer isso” antes de uma grande apresentação, o novo enquadramento pode ser “Estou nervoso porque essa apresentação é importante para mim, mas dei duro para me preparar e tenho algo importante a oferecer”. Interrompendo gentilmente o ciclo cada vez que ele começa, você cria uma interrupção nesse comportamento e reafirma seu comprometimento em se tratar mais positivamente.

Pegue um jarro ou cumbuca e cada vez que você reenquadrar seus pensamentos ou comemorar algo de maneira positiva, jogue algumas moedas ou qualquer outra coisa (sementes, botões, miçangas) no jarro para servir como um lembrete visual do seu progresso. Se optar por moedas, você pode usar o dinheiro depois para se dar um presente. Essas ferramentas visuais servem como um lembrete importante do progresso que você está fazendo para se tratar de maneira mais positiva. — Rosie Molinary , autora de Beautiful You: A Daily Guide to Radical Self-Acceptance

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Acerte no alvo, não na mosca

Sempre digo que você precisa acertar no alvo, não na mosca. Acertar na mosca é um padrão perfeccionista. O único jeito real de fracassar é evitando desafios, deixando de tentar, ou só fazendo coisas em que somos bons. Não crescemos ou vivemos uma vida satisfatória assim. Quando temos expectativas mais realistas sobre nós mesmos, começamos a nos sentir melhor conosco. Quando estamos ensinando uma criança a fazer algo, 95% do processo deve ser elogio e 5% correção. É assim que crianças aprendem melhor, e o mesmo é verdade para nós. Jennifer Shannon , psicoterapeuta e autora de Don't Feed the Monkey Mind: How to Stop the Cycle of Anxiety, Fear, and Worry

Faça perguntas e seja zen

Se abordamos esses pensamentos prejudiciais de um ponto de curiosidade (“Por que continuo pensando nessa coisa que me machuca?”) em vez de culpa ou vergonha (“Eu não deveria pensar assim porque é ruim”), não só estamos praticando autocompaixão, mas também temos mais chances de encontrar a raiz da questão e dar passos para a cura do problema subjacente.

A ciência finalmente está começando a falar sobre os benefícios da meditação, práticas de gratidão e outras maneiras de reprogramar seu cérebro. Estamos aprendendo cada vez mais que temos o poder de praticar compaixão com nós mesmos, assim como pensamento positivo e outros exercícios que vão literalmente mudar a maneira como nosso cérebro funciona. Para quem quer ir mais fundo, recomendo pesquisar sobre neuroplasticidade e aprender como podemos retomar o controle de coisas que acreditávamos ser permanentes — Jes Baker , escritora, palestrante e defensora do amor-próprio

Coloque as coisas em perspectiva

Quando estou sendo negativa, me lembro de que não sou a primeira pessoa a errar ou perder o prazo para entregar um trabalho. Todo mundo desta geração parece ter alguma forma de síndrome de impostor. O denominador comum não é nossa falta de capacidade, mas a abundância de dúvida interna. Temos mais vitórias que derrotas, então reflita sobre isso quando a negatividade começar a aparecer. — Yaminah Mayo , criadora de conteúdo multimídia e apresentadora do podcast Blah Blah Blah

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