A maior colecção de pilas do mundo
Rick Day e Steve Benitsy

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A maior colecção de pilas do mundo

Leslie resgatou estas obras porque sabia que aquelas peças eram fragmentos da história que mereciam ser preservados.

Fotografias cedidas por Rick Day e Steve Benisty.

Charlie Leslie tem mais de 80 anos e dedicou grande parte da sua vida a recolher o que poderia ser classificada como a maior colecção de arte homoerótica do mundo. Em 1987, Charlie e a sua companheira, Fritz Lohman, fundaram o Museu de Arte Gay e Lésbico Leslie + Lohman em Nova Iorque como resposta à crise da SIDA que se vivia na época.

A colecção está exposta num loft de Manhattan e conta com centenas de representações gráficas de homens nus mostrando as suas partes íntimas. Há pilas por todo o lado, em forma de palhinha, separadores de livros, quadros, centros de mesa. Inclusive, há também peças que têm assinatura de conhecidos nomes da arte como Mapplethorpe, Warhol ou Cocteau. No entanto, o prato principal, digamos, é um retrato gigante de Charlie e Fritz, nus, pendurado na parede por detrás da poltrona.

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A história do museu é fascinante e ao mesmo tempo deprimente. A maioria dos artistas morreram com SIDA e as suas obras ficaram ao mercê das suas famílias que, por sua vez, não lhes davam qualquer valor. Leslie resgatou-as porque sabia que aquelas peças eram fragmentos da história que mereciam ser preservados.

A história deste homem é tão interessante que o autor Kevin Clarke decidiu escrever um livro sobre a sua vida. O livro, The Art of Looking, consiste em várias anedotas da vida de Charli Leslie, incluindo a história de como participou na criação da cena de arte moderna do SoHo de Nova Iorque e de como iniciou a sua colecção.

The Art of Looking vai estar à venda este mês na publicação: Bruno Gmünder.