Minas, Skatistas e Portuguesas

Quando viajei pela Europa Central no ano passado com o meu skate (aqui estou eu, na foto acima, curtindo na cidade de Ermesinde), uma das coisas das quais senti mais falta foi de presença feminina.

Por Rebeca Bonjour

6.12.11

Quando viajei pela Europa Central no ano passado com o meu skate (aqui estou eu, na foto acima, curtindo na cidade de Ermesinde), uma das coisas das quais senti mais falta foi de presença feminina. Não é que em Portugal haja muitas minas andando de skate — aqui há uma cena mais de caras — mas elas existem. Conheçam-nas abaixo.

TERESA GASPAR (TETÉ)

17 anos, Lisboa

VICE: Há quanto tempo você anda de skate?

Tété: Três aninhos.

Por que começou?

Quando se começa a andar de skate, seja por que motivo for, ninguém tem a noção do quão fantástico se torna à medida que evoluímos, de como aprendemos a ser realmente nós próprios e a crescermos. O skate sempre me deu tudo o que eu quis: liberdade, amizade e, mais importante que tudo, ensinou-me a lutar por aquilo que quero. Olho para estes poucos anos que passaram e para tudo o que vivi graças ao meu skate e não trocava por nada, foram grandes momentos.

Se você pudesse andar de skate em qualquer lugar no mundo, qual seria?

Sinceramente, não sei. Qualquer um em que não me olhassem de lado ou me sentisse maltratada só por andar de skate. E que fosse um grande spot, claro.

Uma manobra.

Ollie, sem dúvida. É a coisa mais importante no skate e, se for bem dado, é simplesmente lindo.

Como é que você define o teu estilo?

Nunca pensei muito no meu estilo. Sou eu própria, como me sinto bem. Já me chamaram de punk e de muitas outras coisas.

Uma pessoa com quem gostaria de andar de skate.

A Lacey Baker. É a minha skater preferida, identifico-me muito com ela.

Batatas fritas ou jujubas?

Jujubas!

Um filme de skate.

O King of the Road 2010 da Thrasher.

Clássico.

Olha estás a pensar divulgar o site que criei?

Se é sobre skate e minas, tudo bem.

LETÍCIA (LILAS)

19 anos, Aveiro

VICE: Há quanto tempo anda de skate?

Lilas: Uns quatro anos.

Por que o skate?

Porque é lindo e diferente. Não é um desporto. Podes fazer o que quiseres, não precisas de ganhar ou de ser melhor que ninguém para te divertires e sentires bem. As únicas regras são a diversão e a amizade.

Uma manobra.

Todas são lindas, mas, assim de repente, gosto muito de dar fakie frontside flip.

Se você pudesse andar de skate em qualquer lugar no mundo, qual seria?

Obviamente em todos os cantos do mundo, mas tenho um desejo especial em ir skatar a países do terceiro mundo e aliar o skate a fazer voluntariado. Ajudar os outros através da melhor coisa do mundo, conhecer culturas completamente diferentes, sabendo que no fundo a experiência do skate é sempre a mesma porque proporciona sentimentos universais. Saberes que estás em casa onde quer que vás, isso fascina-me.

Como é que você define o teu estilo?

Trapalhão.

Uma pessoa com quem gostaria de andar de skate.

Qualquer pessoa simples e fixe, que só se queira divertir.

Batatas fritas ou jujubas?

Jujubas vegetarianas.

O que você quer ser quando crescer?

Não quero ser grande.

Um filme de skate.

O Beware of the Sasquatch, o Hesh Law e o novo WTF? da Foundation.

Que música você ouve pra entrar no pique?

MUNICIPAL WASTE!