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Entretenimento

Logando no Facebook dos Juggalos

O site é basicamente uma bad trip de um adolescente com tesão que tomou muito xarope pra tosse.

Uma foto minha com 14 anos, todo produzido na cozinha da minha mãe e louco pra tomar um Faygo.

Sou um puta fã do Insane Clown Posse. Não sou um Juggalo, mas compro os discos, vou nos shows e até pinto a cara. Copinho de shot do ICP? Sim. Decorar as letras de 90% da discografia deles? Sim. Membro de carteirinha da rede social dos caras? A partir desse final de semana, sim.

Olha isso: JuggaloBook é a nova rede social feita exclusivamente pra quem curte os “palhaços insanos”. E não é piada.

Esse final de semana decidi me cadastrar nessa porra porque… Por que não, né? Descobri que o site é tão user friendly quanto uma luva de forno feita de chumbo, mas isso não impediu que os Juggalos raivosos se inscrevessem em massa. São quase 10 mil membros online.

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Veja algumas das incríveis versões das funcionalidades inspiradas pelo ICP: você não curte um post, você “Whoop Whoop!” o post. Os “amigos” são “manos”, e você pode se identificar como Juggalo, Juggalette ou Juggalo (Fêmea). Igualdade de gênero bombando no JuggaloBook.

Depois de 10 minutos entendi que o site é basicamente uma bad trip de um adolescente com tesão que tomou muito xarope pra tosse. Todo mundo está procurando por sexo imediatamente, e ninguém tá nem aí em dar o número do celular para qualquer estranho — depois de 20 minutos recebi uma solicitação de um mano e uma mensagem de uma Juggalette dona de casa. Ela me disse que tinha que “colocar as crianças na cama, mas que eu podia mandar uma mensagem pra ela se quisesse”. Aí ela me deu o número do celular dela, de verdade.

Decidi que aquela era a hora e pulei de cabeça, me apresentei de um jeito bem nerd no chat da homepage: “Oi gente! Meu nome é Tommy, sou novo aqui. O que tá rolando?” Alguém digitou meu nome errado como “Timmy”, isso provocou uma avalanche de referências ao South Park que durou quase uma hora. Depois que as piadas com “Timmay” se acalmaram, a conversa voltou para o básico: sexo, maconha e confissões íntimas chocantes. Aqui estão algumas das minhas favoritas:

- “Quando falei pro meu ex que a criança era dele, ele me deletou e nunca mais falou comigo.”

- “Tô tão chateado com todo mundo agora. Minha mãe estava puta outro dia e me deu um soco no peito… Agora não consigo respirar direito.”

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- “Essa coisa de Nazi até que pode ser bem legal!”

Acho que nunca vou conseguir tirar a cobertura de sujeira que essa experiência deixou em mim. Não tem nada de legal no JuggaloBook; é simplesmente um monte de doidos do meio-oeste dos Estados Unidos perdendo a cabeça coletivamente. Eu e o meu notebook precisamos de um peeling químico imediatamente.

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