As tatuagens democratizaram-se e, hoje em dia, qualquer puto (incluindo aqueles que ainda cheiram a leite) pode comprar uma máquina algures na net e tatuar-se a si próprio uma merda qualquer. Claro que esta não é a abordagem mais indicada se quiseres começares a marcar o teu corpo (isto se quiseres algo minimamente bem feito). Visitar um tatuador à séria continua a ser uma experiência cara mas há sempre aquele amigo bacano que faz um preço especial ou mesmo aquele gajo que precisa de cobaias para pôr no seu portfólio. No fundo, a questão aqui é: será que as pessoas se estão a esquecer que aquela merda fica no corpo para sempre ou será que simplesmente levam o assunto como se não fosse nada? Falei com algumas destas pessoas para ver
estes carimbos desnecessários e pareceu-me que não estavam muito preocupados com as decisões passadas.
Rita Ferreira, 20 anosQue tatuagem é esta? Quem foi que te fez isso?
Fui eu própria. É um bolo bebé com um lacinho, chamo-lhe o baby cake. Fiz quando tinha 16 anos, era uma miúda. Que te deu na cabeça para fazeres isso?
Tatuei porque fiz uma aposta e perdi. A aposta era que eu não conseguia comer cinco chiclas das mais ácidas do mundo sem chorar [risos], se tivesse aguentado tinha ganho uma garrafa de Jack Daniels. Foi azar. É a tatuagem que mais te envergonha?
É a mais embaraçosa que tenho mas não é uma cena que me arrependa. Acho-a muito carrasca e bonita, é um bom reflexo de mim e faz-me lembrar as épocas mais felizes da minha vida. Amo-a por isso.
Cristiana Beça, 17 anos
Qual é a tatuagem que te envergonha?
É melhor fumarmos um paiva que já me estou a sentir intimidada. Depois. Conta lá.
Ok, tatuei uma folha de cannabis. Porquê?
Fiz uma tatuagem por fazer, simplesmente. No fundo marca uma fase da minha vida (há uns meses). Uma fase de erva em abundância?
Não, não foi a fase em que a erva se intensificou mais na minha vida. Fiz agora porque só agora é que tive oportunidade de a fazer. Sempre tive uma ideia assim vaga daquilo que ia fazer. E o resultado final?
Gosto dela mas podia estar melhor.
Assim? Sem mais?
Sim. Peguei naquilo e olha, tatuei. No inicio fiz um risco e depois tinha de escrever alguma coisa e foi thug life, porque a verdade é que, epá, vida louca! Estás arrependido?
Se me arrependo? Não, tenho thug life num pé, não perdi um tomate, caralho.
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Fui eu própria. É um bolo bebé com um lacinho, chamo-lhe o baby cake. Fiz quando tinha 16 anos, era uma miúda. Que te deu na cabeça para fazeres isso?
Tatuei porque fiz uma aposta e perdi. A aposta era que eu não conseguia comer cinco chiclas das mais ácidas do mundo sem chorar [risos], se tivesse aguentado tinha ganho uma garrafa de Jack Daniels. Foi azar. É a tatuagem que mais te envergonha?
É a mais embaraçosa que tenho mas não é uma cena que me arrependa. Acho-a muito carrasca e bonita, é um bom reflexo de mim e faz-me lembrar as épocas mais felizes da minha vida. Amo-a por isso.
É melhor fumarmos um paiva que já me estou a sentir intimidada. Depois. Conta lá.
Ok, tatuei uma folha de cannabis. Porquê?
Fiz uma tatuagem por fazer, simplesmente. No fundo marca uma fase da minha vida (há uns meses). Uma fase de erva em abundância?
Não, não foi a fase em que a erva se intensificou mais na minha vida. Fiz agora porque só agora é que tive oportunidade de a fazer. Sempre tive uma ideia assim vaga daquilo que ia fazer. E o resultado final?
Gosto dela mas podia estar melhor.
Sim. Peguei naquilo e olha, tatuei. No inicio fiz um risco e depois tinha de escrever alguma coisa e foi thug life, porque a verdade é que, epá, vida louca! Estás arrependido?
Se me arrependo? Não, tenho thug life num pé, não perdi um tomate, caralho.