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Grupos incitam violência contra pessoas em situação de rua no RJ

Em posts, usuários se revoltam com pessoas em situação de rua. Polícia investiga a morte de duas pessoas que viviam nas ruas de Copacabana.
Imagem ilustrativa. Foto: Guilherme Santana/VICE originalmente feita para esta matéria.

A 12ª Delegacia de Polícia investiga se um grupo citado nas redes sociais como a “turma da massagem” estaria envolvido em crimes ligados à justiça com as próprias mãos. As páginas Alerta Leblon, Botafogo, Gávea, Ipanema e Copacabana publicam informações sobre as movimentações nos bairros da zona Sul, e incitam a violência contra moradores de rua, guardadores de carros e suspeitos de cometerem crimes na região. A situação em 2015 vem, pelo menos, desde 2015:

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A investigação começou depois que a moradora de rua Fernanda Rodrigues dos Santos, de 40 anos foi assassinada por Cláudio José Silva, de 37 anos, e Rodrigo Gomes Rodrigues, de 24 anos. Nove dia após o crime, outro morador morreu no mesmo bairro. A polícia busca se há relação da dupla com o grupo da internet.

A exemplo de uma postagem que alerta a presença de pessoas em situação de rua dormindo em frente a uma loja na Rua Bolivar, no Rio, as páginas não falam exatamente em extermínio, mas combatem essa população, muitas vezes com um discurso de ódio.

Outra publicação conta que "uma boa massagem" foi dada em guardador de carros que estaria cobrando R$ 10 e ameaçando motoristas. Todas as páginas são administradas por Pedro Fróes que disse ao jornal O Globo que a "turma da massagem" faz denúncias a criminosos e não a moradores de rua.

A delegacia do Leblon comentou ao jornal que irá abrir duas investigações sobre o caso: uma de crime de extorsão do guardador de carro e outra contra o dono da página da internet.

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