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Música

Como fazer um festival de metal

Fui aprender com metade dos irmãos Veiga.

Ricardo Veiga tem 35 anos de idade e 20 de metal. A barba crescida às farpas e o cabelo comprido (sempre apanhado) indicam que é gajo para curtir canções barulhentas de assustar velhinhos. É uma das mais importantes figuras dos bastidores da música extrema em Portugal, sendo, juntamente com o irmão Tiago, um dos fundadores do festival SWR Barroselas Metalfest, o negócio de família mais fixe entre o Douro e Minho.

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Responsável, através das associações NAAM Barroselas e SWR Inc., pelo Bracara Extreme Fest, o ciclo Vibe, o projeto Link +351, Ricardo é, ainda, promotor de concertos como Adam Cohen, Mão Morta, Cannibal Corpse, Converge, Between the Buried and Me, Behemoth, entre muitos outros. Encontrei-me com ele num final de tarde de Dezembro para darmos duas de treta sobre o SWR (que este ano se realiza entre 24 e 27 de Abril), um festival à moda antiga com muito para contar, entre pianos que gostam de pinga e cancelamentos com finais quase trágicos.

A seriedade que levava comigo foi-se desvanecendo a cada cerveja entornada. Não há cá espaço para formalismos, afinal de contas é de metal que vamos falar.

VICE: Ei Ricardo. Vamos começar pelo óbvio, ok? Quando, onde e como é que começaste a ouvir metal?

Ricardo Veiga:

Tinha uns 16 ou 17 anos. Eu e o meu irmão somos de Barroselas e começámos a ouvir metal por influência do tio de um amigo nosso, com quem nós partilhávamos música. A coisa começou no rockzinho, no hard rock, depois passou para o heavy metal dos Maiden e, entretanto, nós próprios ganhámos interesse e procurámos música mais pesada. Pouco depois, fui estudar para Viana do Castelo, onde já havia mais gente com os mesmos gostos e foi aí que começou a troca, a partilha. Não havia a partilha online, mas havia cassetes mal gravadas e CDs que se emprestavam. Apesar de, hoje em dia, estarmos na era dos shares, naquela altura partilhava-se muito mais. Outra coisa que nos abriu o horizonte foi o programa de rádio do Manuel Melo, o Sinfonias de Aço, em Barcelos. Aos sábados à tarde, íamos para lá e fomos conhecendo bandas da zona.

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E quando é que formaram os Goldenpyre?

Foi ao entrar para a universidade, quando começámos a ter algum guito para comprar instrumentos.

Como era a comunidade do metal na altura?

Era bastante forte. Lembro-me de ir a um festival a Ílhavo e no comboio éramos umas 10 ou 15 pessoas. Havia alguns concertos aqui na zona Norte, muitos no Porto, alguns em Braga, e quando o pessoal começou a ter carro íamos até Vigo. A coisa dividia-se entre núcleos: nós tínhamos amigos de Barroselas que estudavam em Viana e em Barcelos e o leque abriu, íamos a quase todos os concertos juntos. Era um grupo bastante chegado, com a onda do rock’n’roll verdadeiro, de ir ao barzinho beber cerveja, jogar uns matrecos e ouvir metal. Era uma comunidade como raramente há hoje em dia. Não digo que hoje não exista, mas se calhar é tudo muito mais impessoal do que o que era na altura, é tudo muito mais… virtual, digamos assim.

A partir daí, como é que organizaram um festival de metal em Barroselas?

Nós sempre tivemos a visão do “tu para teres, tens de ajudar os outros”. Era também uma questão de intercâmbio de concertos, foi quando começámos a comprar as primeiras demos e a descobrir, realmente, o underground, as bandas mais pequenas. Achávamos que muitas delas tinham valor, e essa vontade de mostrar o que os outros fazem e o que tu fazes deu-nos força para organizarmos um pequeno evento. Ao fim de dois anos estávamos prontos para fazer uma coisa um bocadinho maior: juntar cinco bandas, entre as quais uma espanhola. Já parecia uma coisa grande.

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Falando no primeiro Barroselas, chegou a tocar lá a banda do Tojó, os Agonizing Terror. Chegaste a conhecê-lo?

Sim, claro. Como Goldenpyre, tocámos com ele em Felgueiras, no Porto, em Viana e em Barroselas. Os Agonizing Terror participaram várias vezes em eventos organizados por nós e partilhámos muitas coisas com ele: os gostos musicais eram bastante semelhantes e a filosofia de banda também. Ele e a Sara, a mulher, visitavam-nos várias vezes, tínhamos uma relação bastante boa e achávamos que o conhecíamos bem.

Qual foi a reacção do pessoal quando aquilo aconteceu? Como é que vocês ficaram?

Foi muito difícil. Ainda por cima, na altura, as coisas da música extrema eram vistas como pertencentes a um bando de gajos gadelhudos, malcheirosos e má onda. Acontecer algo do género serviu logo para estigmatizar mais. Foi muito pior para a comunidade do metal e para as pessoas que nos conheciam. Para os nossos pais, para os nossos amigos, verem notícias na televisão e nos jornais a falar sobre um amigo nosso, que já tinha partilhado tantas coisas connosco… Só depois é que nos apercebemos de alguns detalhes que não estavam bem, havia certas coisas que, ingenuamente, nos passaram ao lado. Não era a nossa onda, não estávamos muito para aí virados, mas o desfecho foi uma surpresa, obviamente.

Voltando ao festival, a segunda edição seguiu os moldes da primeira, com algumas bandas estrangeiras e muitas bandas portuguesas. Mas à terceira, já foram lá tocar os Aborted e os Sinister, o festival passou a ter três dias… O que é que permitiu que o festival crescesse assim de um ano para o outro?

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Alguma coisa mudou ali. Ao fim do primeiro ano do festival, fomos pela primeira vez ao Wacken, que me marcou porque tinha uma visão da música de que eu gostava. Era aquilo que nós queríamos fazer: uma mostra de música extrema. Queríamos oferecer às pessoas uma grande panóplia de artistas. Já no segundo ano do festival queríamos ter dois palcos (mostrar mais bandas e tudo mais), mas apesar da primeira edição ter corrido bem e de não termos tido problemas nenhuns, notámos que a população não estava assim tão do nosso lado como isso.

A casa do povo tem um piso de cima e um piso de baixo e nós queríamos usar o piso de baixo para montar outro palco, mas não pudemos, ou seja, tivemos de refazer a programação do festival. Usámos uns fundos do centro de saúde para a zona do metal market e só no terceiro ano é que arranjámos um sítio maior. Não tinha boas condições, mas era maior, e já deu para colocar dois palcos, muitas bandas a tocar e um bom misto de estilos. A ideia do festival já estava montada, contudo só a conseguimos concretizar no terceiro ano. O primeiro foi um concerto a parecer festival, o segundo já queria ser festival, mas só no terceiro é que começámos a encarar, realmente, a coisa como um desafio interessante.

No ano seguinte tiveram os Mayhem confirmados até à última da hora, mas eles não chegaram a tocar. O que aconteceu?

Epá, nem sei bem, mas foi o primeiro ano em que tivemos um problema grave com o festival. Fizemos um investimento grande, apostámos em coisas diferentes e os Mayhem eram os cabeças de cartaz.

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Mas, porque é que eles cancelaram?

Tudo começou um dia antes. Eles vinham de Oslo e faziam escala em Amsterdão. O Paulo, um amigo nosso que fazia os transportes, estava em Lisboa à espera deles e viu que eles não chegaram no voo e soube através de uma hospedeira que eles tentaram entrar no avião, mas estavam muito bêbados e, por isso, não os deixaram entrar. Nessa altura, ele ligou-nos a dizer: “Eles não chegaram, vê aí o que é que se passa”. Liguei aos gajos, estavam em Amesterdão, na casa de um amigo. Falámos com eles para arranjar outras alternativas, porque os Mayhem só tocavam no dia a seguir e ainda havia maneira de dar a volta à situação. Tentámos arranjar voos e já tínhamos a coisa tratada para os trazermos, mas eles já estavam a 20 quilómetros de Amesterdão e não facilitaram muito a coisa. Acabaram por não tocar e foderam-nos a vida, porque depois houve as tais broncas no cemitério e a coisa descarrilou.

A história que ouvi foi que assim que algum pessoal soube que os Mayhem cancelaram, dirigiram-se para o cemitério fumar cigarros e partiram ou roubaram algumas cenas. O que é que se passou e como lidaste com essa situação toda?

A verdade é que não fui ao cemitério, não sei o que se passou, nem vi a dimensão dos danos. A minha avó, que vai fazer 95 anos e que já é muito batida da terrinha, disse-me que muita gente queria incriminar-nos e que, se calhar, até se fez um alarido demasiado grande à volta daquela merda. Talvez não tenha sido uma coisa assim tão complicada, mas pronto, na noite em que nós anunciámos que eles não tocavam (nem sequer foi na noite do concerto, foi na noite anterior), havia gente no cemitério.

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O cemitério era muito próximo, era sobranceiro ao festival, e nós conseguíamos ver que estava lá gente e comunicámos isso à polícia. Era uma coisa simples e, se calhar, bastava pôr um carro lá à frente, mas não fizeram caso e no dia a seguir, quando acordo, tinha lá a televisão e tudo mais a perguntar o que se tinha passado. Não fazia ideia. Se foi público do festival, nós fizemos o que tínhamos a fazer e comunicámos às autoridades, porque sabíamos que havia lá gente, mas o que se passou não sei bem. O que sei é que o pessoal que se sentiu mais lesado atacou o contentor da bilheteira e foi essa confusão no cemitério que nos prejudicou a imagem lá na vila.

Houve, então, negligência por parte da polícia?

Sim, negligência ou desinteresse. Cheguei ao recinto do festival com a população local a tratar-nos mal e a insultar-nos.

Na reportagem da SIC, disseste que querias mudar o festival de sítio.

Como houve ameaças de morte e havia muita gente contra nós, obviamente ponderámos, porque apesar de tudo, não temos muito a ganhar com o festival ser numa terra pequena. Talvez se levássemos aquilo para um centro urbano seria mais importante para o crescimento do festival. Havia propostas, havia interesse em mudar o festival para outro sítio, mas entretanto falámos com a junta, que não estava tão contra nós como isso, e notámos que havia a hipótese de continuarmos o festival em Barroselas, porque eles entenderam que a culpa não era nossa, a culpa era de pessoas provavelmente associadas ao festival (ou até não, que essa ainda é uma dúvida). Barroselas é a nossa terra e nós acreditamos que não tínhamos razão nenhuma para mudar o festival dali. O que nós fizemos foi mudar a localização do festival em Barroselas. Deixámos de estar no centro, que tinha muita coisa para partir, e fomos para uma zona que estava a ser criada, uma zona nova na vila, que era interessante porque nos dava outras condições.

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No ano de Napalm Death houve porrada entre o pessoal das bandas estrangeiras de black metal (Watain e Destroyer 666). Queres falar sobre o que aconteceu?

Nem sequer foi bem porrada, porque, na realidade, o que vi foi um chapinho, uma ameaça e uma cadeira a voar. De resto, não vi grande merda. O que é que se passou? Confusões, atritos. Nós somos apolíticos e irreligiosos e todas as coisas que influenciam a mentalidade das pessoas não têm nada a ver connosco. É por isso que nós continuamos a levar bandas que são conotadas com a direita ou com a esquerda, com o branco e com o preto, com o melodioso e com o obscuro. Para nós, é tudo uma tendência e todas elas têm valor, e o que nós queremos saudar com isso é que as pessoas devem ter cada uma a sua onda e respeitarem-se uns aos outros. Neste caso, não se respeitaram uns aos outros, e como era minha responsabilidade, parti para a frente de batalha e resolvi a situação

Também ouvi dizer que os gajos de Watain foram para o hotel e que, supostamente, um dos membros estava a tocar num piano desafinado e começou a dar-lhe vinho, porque o piano estava triste. O que é que confirmas nesta história?

Não sei como é que soubeste isso, mas é verdade. Não vi, não faço ideia, só sei dos estragos que houve no dia a seguir. Sujou-se o piano, um micro, e a carpete estava cheia de vinho, mas isso é normal. Nesse ano, também houve um problema com pessoal de Hipocrisy por causa de um televisor qualquer. São coisas que acontecem e o pessoal está bêbado, é maluco e quer mostrar alguma coisa, mas só mostra que não tem respeito por nós ou pelo sítio onde estão.

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O pessoal do metal tem fama de ter a sua panca. Já alguma vez tiveste um pedido esquisito no rider de alguma banda?

Os Nifelheim pediram uma decoração do backstage à Iron Maiden. Às vezes, há bandas que pedem umas revistas porno, pequeno-almoço com um croissant e um leitinho com chocolate, mas nada de muito bizarro. Acho piada a isto, acho que faz parte da essência e são requisitos mínimos.

Mas espera aí, decorar o backstage à Iron Maiden?

Queriam uns pósteres. Eles são fãs acérrimos de Iron maiden, o Pelle é fanático. Já viu Iron Maiden por todo o mundo, mais de cento e tal concertos. Estive na casa dele outro dia, quando fui com os Hunted Scriptum para a Suécia e encontrámo-lo em Uddevalla. Ele tem um carro americano todo podre à porta, mas diz que é uma máquina do caralho, que aquela merda funciona sempre, mesmo com neve de um metro. A casa dele está decorada com vinis e merchandising de Maiden. Aliás, há uma história curiosa: quando eles foram tocar não havia pessoas para levá-los para Viana, e levei os Rotten Sound que iam no banco de trás com os Nifelheim e já estavam todos a ouvir Maiden no iPod.

Entretanto, o festival continuou a crescer, passaram por lá Sodom, Napalm Death, Venom, Brujeria, Kreator, etc. Qual foi o concerto que mais prazer te deu ver em Barroselas?

Uma imagem de marca do festival de Barroselas, e uma das coisas que nós temos bastante cuidado e que prezamos bastante, é que estejam lá as personagens emblemáticas do metal. O Tom Angelripper, o Tom G. Warrior, os Napalm, ou os Brujeria acabam por ser estrelas no nosso meio, e isso é parte do mito de Barroselas. Um concerto que foi muito especial para mim foi Triptykon, por causa da minha relação com Celtic Frost, com os Hellhammer e com o Tom G. Warrior, que é uma personagem incrível.

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Então porquê?

Para começar ele “casou” com a Sofia, a minha namorada. É uma questão simbólica, mas eles, passadas umas horas, já se tratavam por marido e mulher. O gajo tem piada, é um senhor, e sente-se a aura artística toda da personagem de culto à volta dele. Tudo é cuidado, tudo é pensado, o que lhe dá uma estética mesmo especial. Eu também sou um fanático, e depois de meter aquele gajo no festival, senti aquela cena do “posso acabar o festival agora”. Já passei por isso muitas vezes, essa sensação de “podemos acabar o festival por aqui”, com os Incantation e Immolation, por exemplo, que são bandas de que gosto e com quem sinto uma certa afinidade. E curto também as pessoas, não só a música que fazem. Foi isso que me levou à música: não é só a música em si, mas toda a relação interpessoal, as pessoas e a forma como lidam com a música, e ter isso tudo no nosso festival é a cereja no topo do bolo.

Se o dinheiro não fosse um problema, que bandas é que gostavas de ver em Barroselas?

E se as bandas ressuscitassem? Era Celtic Frost, isso era imperdível. Gostava também de ver Cannibal Corpse no nosso festival, já organizamos um concerto deles no Porto, mas gostava de os ver no festival. No death metal, gostava de ver Obituary e Suffocation. No black metal, Darkthrone era ouro sobre azul, e depois algumas coisas americanas das tendências novas, como Converge, Pig Destroyer ou Trap Them, e cenas da onda punk DIY dbeat, como Disfear e Discharge, que também têm tudo a ver com o festival.

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É engraçado que quase todas as bandas que mencionaste fazem sentido em Barroselas.

Nós somos bastante terra-a-terra e realistas em relação ao que queremos fazer, não vou entrar em grandes filmes.

Nada de Iron Maiden, nada de Metallica…

Se calhar Motörhead em Barroselas era do caralho, mas com os pés bem assentes na terra digo: deixa estar. Deixa os Alives trazerem isso. Às vezes, acho que as bandas fazem mal [em aceitar tocar em festivais maiores], porque parece que o espectáculo é maior, para mais público, mas o público não é tão verdadeiro, não é tão genuíno, não é tão interessado, não é tão focado. É a questão do dinheiro e a filosofia do “se eu tenho mando vir, e depois logo se vê”.

Como descreverias o festival a alguém que nunca foi?

Barroselas é um festival com um espírito amigável e familiar inigualável. Há gente que lhe chama “O natal do metaleiro” por causa disso tudo, desse convívio, dessa partilha de bandas, de gostos, de pessoal que faz coisas diferentes. Não é em todo o lado que podes tomar um fino e dar duas de treta com o Appollyon de Immortal, o Tom G. Warrior de Celtic Frost ou o Bill Steer de Carcass. É um festival com uma dimensão confortável, nada de excessos, com bandas carismáticas, sempre, e cada vez mais. Queremos trazer essas figuras do metal ao nosso festival, queremos vê-las lá, queremos que elas falem do festival. O cartaz é abrangente e conta com apostas nossas em diversas áreas. É um festival para todos os estilos, e bandas que nunca viriam a Portugal de outra forma estão lá para marcar presença, para se mostrarem e para serem apoiadas por nós.

Que balanço é que fazes destes 15 anos de Barroselas?

Muito positivo. A minha vida não era a mesma se não tivesse começado isto. Foi uma lição de vida bastante forte para todos nós, para todos os que participaram no festival. A nível pessoal, a vida de muita gente mudou e alguns sentiram que o compromisso com o festival não era tão importante como as suas vidas pessoais, mas para nós termos as figuras míticas que tivemos em Barroselas, as bandas que tivemos, a evolução que o cartaz teve, a evolução da estrutura toda, as mudanças que tivemos de fazer, a história e todo o background que nós tivemos com o festival é muito importante. Acima de tudo, conseguimos, finalmente, colocar a nossa vilazinha no mapa, porque Barroselas acaba por ser, durante uns dias, a meca do metal português, e é muito importante para a vila ter esse rótulo, ter essa força a puxar o seu nome para a frente.

Como vês Barroselas daqui a uns anos?

Vejo a tenda cheia. Não digo mais um palco, mas os palcos todos com bandas de qualidade e público sedento de boa música. Quero que o ambiente se mantenha, porque não queremos entrar em grandes aventuras com o festival. Queremos mantê-lo neste ambiente familiar confortável, queremos chegar à 25.ª edição, pelo menos, e manter o controlo daquilo que estamos a fazer.

Nada mudar o nome para o de uma marca, então.

Nada, nada, nada. Vamos continuar a fazer aquilo que nós queremos. Ser uma coisa pessoal é um dos cunhos mais especiais de Barroselas. Para quem o faz, continuar a achar que o festival é uma coisa especial é muito importante. Enquanto nós não mudarmos muito a nossa visão sobre o festival, acho que vamos continuar a fazer tudo o que queremos.


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