Segue a VICE Portugal no Facebook, no Twitter e no Instagram.No Centro de Dança, em Nairobi, Quénia, Shamick Otieno, de 13 anos, está a cumprir um intenso calendário de 10 aulas de ballet por semana. Ao contrário de muitos dos outros jovens alunos, para Shamick a possibilidade de atingir a excelência no bailado clássico significou sair de casa e deixar a família para viver num internato em Nairóbi.Shamick é de Kibera, uma favela densamente povoada nos arredores da capital queniana e a maior em toda a África. Há quatro anos, começou a frequentar aulas de dança da Annos Africa, uma organização sem fins lucrativos, que leva a arte aos miúdos que vivem em condições de extrema pobreza, e foi o professor que reparou no talento de Shamick. Foi-lhe oferecida uma bolsa de estudo, com a qual paga o alojamento, as propinas da escola e as aulas de dança. No entanto, viver longe de casa tem sido difícil para Shamick, que cresceu numa casa só de uma divisão."A família era muito pobre. Não foi fácil", explica a mãe à VICE News. Apesar das reticências iniciais em relação às capacidades de dança do filho, agora espera que essas mesmas capacidades sejam o seu bilhete para um futuro mais promissor. E há razões para acreditar nisso. O mentor de Shamick, Joel Kioko, também veio das favelas. Aprendeu através do mesmo programa e é, hoje em dia, bolseiro no English National Ballet, em Londres. Ambos encontram inspiração no potencial um do outro e ambos esperam um dia voltar à favela na condição de bailarinos profissionais e poderem, assim, dar esperança e oportunidades a outros jovens.
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