Vinte e seis jovens foram detidos antes mesmo de a manifestação começar.
A VICE entrou em contato com a ViaQuatro, empresa responsável pela linha amarela do metrô, que confirmou que uma lixeira, uma catraca e uma luminária foram depredadas, porém não sabem precisar se isto aconteceu antes ou depois da polícia agir.Leia a nota da Secretaria de Segurança Pública na íntegra:
"A SSP informa que, após os organizadores encerrarem a manifestação, houve um princípio de tumulto na Estação Faria Lima do Metrô, que se transformou em depredação. Vândalos quebraram catracas, colocando em risco funcionários. A Polícia Militar atuou para restabelecer a ordem pública, sendo recebida a pedradas, intervindo com munição química e utilização de jato d'água."
O trajeto passou pelas avenidas Rebouças e Faria Lima até chegar no Largo da Batata, região oeste da cidade, por volta das 20h30. Depois de anunciar o final do ato, os organizadores pediram para que todos dispersassem com calma. De repente, um corre-corre prenunciou o que estava porvir: mais uma vez, a Polícia Militar dispersou o ato violentamente, sem que a maioria das pessoas sequer entendesse o que havia acontecido.De acordo com a organização, mais de 100 mil pessoas estiveram no protesto.
Alguns manifestantes arremessaram garrafas de vidro em direção aos policiais.Manifestantes, crianças e idosos corriam das bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, balas de borracha e jatos d'água.
Usando um capacete azul com os dizeres "Imprensa", crachá de identificação e câmera fotográfica na mão, o fotógrafo Maurício Camargo afirma ter ouvido dos policiais para que saísse de perto. Ele avisou que era da imprensa. Não adiantou. Novamente, os policiais pediram para que ele se afastasse. "Sair pra onde? Vou subir na parede?", indignou-se. Quando correu, tentando se proteger, levou um tiro na parte de trás da perna esquerda. "A polícia está atirando na gente, por mais que nos identifiquemos," lamenta o profissional, que cobre manifestações desde as Jornadas de Junho, em 2013."A polícia está atirando na gente, por mais que nos identifiquemos", lamenta o fotógrafo Maurício Camargo.