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Ninguém consegue amar o Tom Cruise

Ele não facilita a tarefa, diga-se.

Mais uma semana, mais um episódio medonho a envolver o Tom Cruise. Há aí um livro novo que defende a teoria de que a Katie Holmes foi apenas a vencedora do leilão acidental pelo cargo de esposa do Tom. Perdedoras: ScarJo, LiLo, K-Boz e Jessica Alba. Quem diria que ainda há espaço mediático para mais uma escandaleira na vida deste gajo? Alguém que me despeça por estar a escrever sobre isto, a sério. Mas confiem em mim: isto tem sumo. Isto corre nas veias do mundo ocidental, uma pergunta que atormenta filósofos e jornalistas: como é que ninguém é capaz de amar o Tom Cruise? COMO? Vamos começar pelo questão visual. Sim, ele tem aquele sorrisinho de quem está a espreitar senhoras no balneário, mas as adolescentes adoram isso. Claro que o Tom nunca foi um garanhão de almanaque, mas antigamente sempre conseguia esconder melhor a sua faceta lunática. O que é sempre bom num futuro marido, suponho eu. O Tom do passado também não se vestia tão mal, por oposição ao do presente — ele agora deve ser assessorado por algum cientologista da moda (aposto que é o Willow Smith), ou assim. Alguém que lhe diga também que não precisa de usar os seus aviators a TODA a hora, TODOS os dias do ano. E aqueles casaquinhos de cabedal deviam ter ficado em 2000. Por outro lado, fora de moda está tão na moda hoje em dia… Talvez o nosso amigo precise apenas de entrar num vídeo da Brooke Candy para passar esta fase menos boa e melhorar o seu guarda-roupa. Assim poderia abraçar uma vida de comentários sociais através de novas, e mais ousadas, peças de vestuário, algo que ele não precisasse mesmo de explicar, mas sobre o qual pudesse teorizar à vontade. O passado seguinte seria entrar num filme do Judd Apatow. Personagem: predador gay, claro. Não estão convencidos? Bem, escrevi-lhe directamente. O quê, um tipo mais ou menos atraente e apenas ligeiramente fodido dos cornos? Não há nada que não se adore aqui. Caro Tom. Quero começar por dizer: não é impossível que ainda venhas a saber o que é ser amado. Sinto que ainda não acreditas nisto. Di-lo em voz alta, para ti mesmo. Afirma-o. Já pensaste em fazer ioga? É meio como num culto, há velas e gemidos, mas ninguém quer o teu dinheiro. E também não precisas de te isolar do mundo. E vais no teu terceiro divórcio, Tom. Qual é o teu problema com relações estáveis? Já alguma vez sentiste que estás com uma pessoa numa relação com fortes pilares, construída com amor, respeito e carinho? É essa a receita. O segredo, se quiseres. Vi-te a falar naquele jogo, aqui há uns tempos, e pareceste-me… Nem sei, doido? É normal que te sintas ansioso, admite que não te estás a sentir bem. As pessoas percebem. Toda a gente tem direito a estar para baixo de vez em quando. Até tu. Posso-te fazer uma pergunta pessoal, Tom? Como é que consegues ser tão confiante? Olha, palermices e palhaçadas não contam como sentido de humor, ok? Devias ser mais como eu. Ajudava-te a não te encontrares em situações aparentemente sem saída. Parece que estás sempre a cerrar os dentes, seja de dor ou de raiva. Não entendo. Compra qualquer coisa na farmácia que te faça relaxar. Vai ao médico. O meu último conselho é este: recorda-te das coisas boas, meu. Pensa no Dia do Tom Cruise no Japão, em 2006. Sim, já foi há uns anos, mas mantém-te optimista. Esquece lá esse poema com pernas chamado Katie Holmes. A culpa não é tua se a assustaste com as tuas teorias de que a psiquiatria foi a responsável pelo 11 de Setembro (e pelo Holocausto). A culpa não é tua se não gostas que uma mulher faça barulho quando está a dar à luz. Espero estar a ser construtiva, sinto-me frustrada com tudo isto, Tom. Tu és relativamente bonito, muito famoso e super rico. Espero que um dia me possas fazer muito, muito feliz. : ) Sempre tua,
Bertie