Filmagem do ataque feita por uma testemunha ucraniana.Na hora em que o gás lacrimogêneo encheu a van, eu já tinha coberto o rosto com meu capuz. Eu conseguia sentir pedacinhos de vidro em minha boca. As janelas foram quebradas. Meus amigos estavam gritando. E eu só conseguia pensar em: “Eu vou morrer?”Por mais idiota que pareça, não achei que nada de ruim aconteceria com a gente na Ucrânia. Nossa equipe já tinha estado lá duas vezes filmando um documentário sobre um orfanato em Mariupol, uma cidade longe da turbulência em Kiev e na Crimeia. As pessoas lá disseram que as coisas estavam pacíficas, e parecia que a violência era isolada e talvez exagerada pela mídia. Eu tinha que terminar o documentário antes que uma guerra total arruinasse nossas chances de voltar. Era um risco mas, para mim, parecia pequeno. A gente evitaria os protestos. Não estávamos procurando encrenca.
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Filmagem feita depois do ataque, seguida pelo áudio do ataque.
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