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Fotógrafo Registra a Surpreendente Humanidade de Nosso Lixo

Você pode olhar nos olhos do lixo?

"Tragedia" porThierry Konarzewski. Imagens cortesia do artista

Sabe quando você já está quase dormindo e de repente percebe que está do lado de uma pilha de roupas que parece um rosto humano? A única chance de você conseguir dormir direito depois disso é desordená-la até que ela pareça um inocente monte de roupas de novo. Pois bem, este fenômeno completamente irracional tem um nome — pareidolia, ou a tendência a ver padrões familiares em formações aleatórias, de Jesus no queijo quente a gatinhos nas nuvens.

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Nosso cérebro gosta de ver o rosto humano mais do que qualquer outra coisa. Aproveitando-se deste pequeno defeito psicológico, Thierry Konarzewski criou a série ENOSIM. No projeto, iniciado em 2009, o fotógrafo volta suas lentes para o lixo e lá se depara com uma surpreendente humanidade.

Os objetos selecionados foram descobertos na ilha de San Pietro, largados na costa após a longa odisseia de terem sido produzidos, servido a nossos propósitos e, então, descartados.Segundo Konarzewski, esses são objetos “intocáveis que se transformaram em cavaleiros errantes”.

ENOSIM conta uma aventura humana, a aventura de nossa sociedade. Se devemos viver conscientes do que jogamos fora, deveríamos viver mais próximos a nosso lixo, colocando um pouco de empatia artística nessa quantidade enorme de plástico que invade o nosso ambiente todos os dias, e tentando mostrar a urgência com que devemos fazer algo por nosso planeta”, continua.

Pieta" e"Regina degli Tenebre” porThierry Konarzewski. Imagens cortesia do artista

"Il Penetente" e"Daisy" porThierry Konarzewski. Imagens cortesia do artista

"Pieta" e "Poesia" porThierry Konarzewski. Imagens cortesia do artista

"Urlo di Adolfo" e"Malachite" porThierry Konarzewski. Imagens cortesia do artista

As fotografias de ENOSIM serão expostas como parte de uma exposição de fotografias em espaços públicos em Clervaux, Luxemburgo, até abril de 2016. Para mais informações, clique aqui. Para conhecer mais do trabalho deThierry Konarzewski, acesse sua página.

Tradução: Flavio Taam