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Italianos Fazem Melhor

Numa noite que teve Cat Power tocando Satisfaction, Jackson Browne cantando Take It Easy e Cold Cave se apresentando em meio a fardos de feno, o grande momento da noite foi quando Giorgio Moroder subiu no palco e tocou apenas uma música.

Numa noite que teve Cat Power tocando Satisfaction, Jackson Browne cantando Take It Easy e Cold Cave se apresentando em meio a fardos de feno, o grande momento da noite foi quando Giorgio Moroder subiu no palco e tocou apenas uma música. Ele a tinha escrito mais cedo naquele dia, no trem a caminho do estúdio de gravação que separa o vagão-restaurante e o vagão da Levis®.

“Woah, woah, woah woah,” seguia, “riding on the train.”

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E então “woah, woah, woah,” outra vez, “Never be the same.”

Simples, claro, mas um homem que consegue escrever Dangerzone, I Feel Love e The Neverending Story não precisa sofisticar muito as coisas.

A noite começou com Ed Ruscha preparando um omelete pra 200 pessoas num gramado do lado de fora da estação Winslow. Parecia um casamento, embora fosse um casamento em que o convite não estipulava traje black-tie ou esporte fino, apenas jeans.

Chris Camp é o grande chicoteador do evento. Sua performance, que acontece no final de uma semi-batalha de rap entre dois leiloeiros, é o ponto alto de cada evento Station to Station.

Se você nunca viu uma apresentação de chicotes antes -- não vivo nesse país, mas imagino que isso ainda não tenha pegado como os karaokês -- é assustador. Chris cobre as pontas de seu chicote com um material de polifibra que parece explodir com o contato. O barulho é mais alto do que qualquer uma das apresentações que acontecem no palco. A cauda do seu longo chicote salpica pelo ar como estrelas em explosão. Claro que todos ficamos numa distância segura, mas assim como cometo erros de digitação, esqueço de guardar o leite de volta na geladeira e às vezes dou umas cochiladas no volante, talvez Chris exagere e nós acabaremos como uma das pobres bonecas nesse jardim? Chris é um chicoteador autodidata, percebe? Ele cresceu em Ilinóis decapitando seus brinquedos numa cerca no quintal. Mas para o bem do público, Chris é mais profissional do que nunca.

A noite termina com todos subindo no vagão Levis® pra uma festinha improvisada. Giorgio fica na plataforma olhando pra todos e cantando “woah woah woah” e leva tudo no seu compasso. Sua base de fãs engloba mais lugares do mundo que o Starbucks. E, nessa noite, alcançou Winslow, no Arizona, também.

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