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A Universidade Nacional da Colômbia abriu um curso sobre o cultivo da maconha

O curso irá ensinar técnicas de plantio e a produzir cremes e óleos à base de cannabis.
Foto: Gabriel Herrera

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE Colômbia.

A Universidade Nacional da Colômbia abriu o curso "Cultivo e Aproveitamento Medicinal e Cosmético da Cannabis", dentro do Departamento de Agronomia, em Bogotá. As aulas começam no próximo dia 26 de agosto e as inscrições serão abertas no dia 18 do mesmo mês.

"A legalização da cannabis está próxima [na Colômbia], mas, como sempre, o conhecimento necessário para aproveitar a oportunidade está nas mãos dos europeus e dos norte-americanos. A ideia do curso passa por partilhar esse conhecimento", diz por telefone o engenheiro agrônomo Javier Roberto Hidalgo, um dos professores do curso.

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O "Cultivo e Aproveitamento Medicinal e Cosmético da Cannabis" será um curso de 40 horas, em que os participantes aprenderão, literalmente, a cultivar maconha. Para além disso, alunos também aprenderão técnicas de elaboração de produtos feitos à base de cannabis, como óleos e pomadas, por exemplo.

"A ideia é que o curso seja 40% teórico e 60% prático", diz Hidalgo. Ao contrário do que rola com os tutoriais de cultivo disponíveis no YouTube e em tantos outros lugares na Internet, o curso na Universidade Nacional da Colômbia tem como foco técnicas de cultivo adaptadas aos ecossistemas colombianos, tudo, claro, com o aval da maior universidade pública do país.

O preço da matrícula inclui várias sementes, duas plantas adultas e outros materiais com que os alunos trabalharão durante as oito sessões do programa. "Não temos qualquer intenção de promover o consumo de cannabis, mas estamos convencidos do seu potencial medicinal", assegura José Rafael Caro Cruz, outro dos professores do curso.

De acordo com Cruz, a Universidade levou mais de um ano para definir o formato final do programa antes de abri-lo ao público. Hidalgo, por sua vez, recorda que já tinha apresentado uma iniciativa semelhante há cerca de seis anos, que acabou rejeitada pelo Conselho de Bem Estar da instituição. "Acredito que, além dos avanços que se têm verificado nos últimos anos, no que diz respeito à legislação relativa à cannabis medicinal [na Colômbia], este curso não existiria", aponta o professor.

Uma coisa é certa, taí uma aula que ninguém vai matar pra fumar um.

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