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Por que é que todas as gajas devem fazer o amor anal

O sexo anal é a melhor coisa de sempre, porque a destruição, a degradação e a dor são divertidas.

Estou prestes a dar-vos a maior colonoscopia de sempre, porque o artigo da semana passada da senhora Banal estava cheio de tretas. O sexo anal é a melhor coisa do mundo, porque a destruição, a degradação e a dor são DIVERTIDAS. Vou tentar expor isto de forma muito simples e verdadeira, através dos parágrafos que se seguem. Mas, se há algo que queiram reter destas palavras, deve ser isto: se tiver feito bem o meu trabalho, quando chegarem ao fim deste artigo, estarão a enfiar dedos no vosso próprio cu e a pensar em formas de introduzirem cenas giras lá dentro. Pensem com o vosso ânus
Obviamente que o sexo anal é um acto errado — é por isso que é o máximo. Para as gajas, o sexo do rabiosque significa inerentemente um “não”. É tipo a primeira lição de vida que nós (gajas) aprendemos: “O meu olho do cu expele coisas, não é suposto enfiarmos tralha lá dentro.” Linda menina. Mas parte da emoção é desobedecer à génese fisiológica. O sexo anal é fixe pelo mesmo motivo que é engraçado chatear um professor, mijar contra um carro da polícia, ou incendiar uma igreja — a diferença, percebam, é que a única autoridade contra a qual vocês estão a revoltar-se é vocês próprios. Isto é uma cena de outro nível: é como condensar seis meses de “contacto com os nossos verdadeiros sentimentos” e de terapias de merda em 20 minutos. Mais, ao contrário de incendiar uma igreja, podem continuar a ser adultos totalmente funcionais na sociedade e manter o vosso emprego depois disso. Têm de o querer
Não pode ser apenas uma pequena experiência que fazem para apimentar a vossa relação. Quero dizer, suponho que isso seja aceitável, mas depois vocês vão ser assaltadas por pensamentos como “ai, isto é um bocado desagradável”, ou “uau, espero não ficar com uma infecção urinária”. Isto não é bem entrarem no espírito do anal. O desejo tem de vir de uma necessidade profunda de se sentirem degradantes e isto é algo que deve ser expresso e iniciado através de linguagem corporal — e não através de compromisso diplomático. Como: “Ok, amorzinho, podes fazer o que quiseres, desde que prometas vir comigo ao casamento do meu primo.” (Eeew, será que existem pessoas que negoceiam o sexo com merdas deste género?) Acho que há tempo e espaço para o anal e vocês vão perceber exactamente quando essa altura chegar: ele dir-te-á. (Estou a brincar.) (Nem por isso.) Fissuras anais moldam o carácter
Sim, a certa altura, já sangrei do rabo durante semanas (não permanentemente, isso seria de loucos) e deixem-me dizer-vos uma coisa: não trocaria essa sensação por nada deste mundo. Aliás, estou convencida de que experienciar uma fissura anal pode guiar-vos para mais perto da vossa percepção mundana. Porque, adivinhem, a vida não é lidar com coisas que vocês prefeririam não ter de lidar, como sangue a jorrar do vosso olho do cu. Passar por dias sem quererem comer, porque não querem cagar e não querem reabrir a cicatriz que, esperançosamente, tem-se alastrado pelo vosso buraco. Mas, eventualmente, essa fissura vai-se mesmo embora e vocês quererão: a) passar por tudo novamente, ou b) tomar precauções para a próxima vez. Robaxin
Dei de caras com o milagre dos relaxantes musculares por acaso. Um dia, um gajo enfiou a pila sem esforço no meu rabo e pensei: “O quê? Pensei que isto deveria doer.” Depois, andei por aí sem qualquer problema, a pensar que deveria ter um esfíncter relaxado pouco comum. Demorei algum tempo a aperceber-me de que a fluidez de todo o processo poderia ser justificada por ter andado a engolir relaxantes musculares diariamente (não vale a pena perguntar porquê). O lubrificante anal é uma merda. Com Robaxin, podem enfiar pirilaus nos vossos "culuraus" durante todo o dia — tomem lá, publicitários do Robaxin, acabei de inventar um slogan para as vossas campanhas. Não têm de quê. E agora, quem é que está a enrabar a Kara? Vocês cagam nhanha
Como é que isto não é hilariante? Por uns milésimos de segundo, sentimo-nos poderosas a expelir líquidos que criam bebés do nosso corpo feminino. Depois, lembramo-nos de que isso está a sair de um túnel para escoamento de merda. Esta imagem é tão bizarra que, olhando para trás, parece um projecto artístico de faculdade sobre a recontextualização. Ou sobre literatura feminista: CAGAR ESPERMA: O Alvorecer do Matriarcado. Degradação intencional
Não, não fui abusada quando era criança. Não, o meu pai não me bateu, nem me abandonou. Por que é que é tão incompreensível que as gajas gostem, efectivamente, de serem fodidas? Fomos feitas para isso. Fomos feitas para levar com pilas, é o que nós fazemos. Isso não nos torna inferiores ou impotentes, faz-nos felizes. Antes de perceber que gostava de ser tratada como bosta, andava a ter sexo aborrecido, terrível, do género enfia-e-tira. Começa com cavalheirismo e depois acaba com alguém a forçar um orgasmo fraquinho. Não tem de ser assim! Vão ficar óptimas
A pior coisa que pode acontecer é um ânus perfurado. Pffff! Como no sexo vaginal, demoramos algum tempo a habituar-nos e é esquisito no início. Mary-Ann, miúda, és uma besta quadrada.