Toda a gente gosta de recordes. É aquela sensação de superlatividade. Todos ficamos pasmados com o homem mais forte do mundo, com a ponte mais comprida, com o prédio mais alto ou com a rapariga com as maiores mamas na nossa turma do secundário. A verdade é que é que os recordes também funcionam quando é a decrescer — desde o homem mais pequeno do mundo à sua respectiva pila pequeníssima. É por isso que vale a pena vir a Guimarães este ano.
Tivemos por cá o teatro mais pequeno do mundo. E admito que foi um recorde, e não só porque era pequeno, pequenino, mas também pelas sessões tântricas — 15 pessoas de cada vez, sessões de dez minutos, durante duas horas consecutiva. Nem o Sting fazia melhor. O cenário era uma caravana em fim de vida, com actores, músicos, bailarinos, contadores de histórias e mais — e assim, posso dizer que este é o ano dos recordes em Guimarães. É por isso que vale a pena fazer parte, nem que seja para dizer que foram apenas dez minutinhos, mas sim… foi bom e eram mais de 15.
