Peluquerias: os Salões Improvisados dos Bolivianos em SP

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Peluquerias: os Salões Improvisados dos Bolivianos em SP

Na porta da barraca, o assistente anuncia: Corte! Corte!.

Um dos pontos de referência dos bolivianos que vivem na cidade de São Paulo é a Praça Kantuta, no bairro do Canindé. Ali, aos domingos, acontece uma feira homônima que abriga barracas de comidas, produtos típicos, música ao vivo e as peluquerias, salões de cabeleireiro improvisados em lona plástica.

O funcionamento é simplão. Na porta, o assistente anuncia: "Corte! Corte!". Os sujeitos que passam ali na frente, às vezes de bike, às vezes de mãos dadas com o filho, perguntam o valor: módicos R$ 10. Apesar dos cartazes com fotos de celebridades gringas e cortes doidões, o gosto da maioria dos clientes que se submete às tesouradas bolivianas é bem normcore. Em menos de 15 minutos, os peluqueros resolvem a demanda: aparam os fios do topo da cabeça ou simplesmente metem a máquina e finalizam dando aquele talento no pezinho.

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Das quatro peluquerias, só uma topou a presença da VICE. Os cabeleireiros bolivianos são tímidos. Conversam muito rápido entre eles, mas não puxam papo com os clientes. Às vezes, pediam pra ver as imagens. Quando eu mostrava, eles riam envergonhados. Foi divertido.

Veja a galeria de fotos abaixo.

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